Vale lucra R$ 13,4 bilhões em 2006

8 de março de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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O ano de 2006 foi excelente para a Companhia Vale do Rio Doce, que emergiu da aquisição da mineradora canadense Inco como a segunda maior empresa de mineração e de metais do mundo por valor de mercado. A partir do quarto trimestre, a Vale consolidou os resultados da Inco. No período, a mineradora obteve lucro líquido de R$ 3,4 bilhões, 31% acima do mesmo período de 2005. No ano, gerou ganhos de R$ 13,4 bilhões ante R$ 10,4 bilhões no ano anterior, com lucro líquido por ação de R$ 5,56.

A receita operacional bruta da companhia atingiu R$ 9, 2 bilhões no quarto trimestre e somou R$ 46,7 bilhões no ano, um recorde. O lajida (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) alcançou R$ 4,2 bilhões no ultimo trimestre, somando R$ 22,7 bilhões no ano. A receita operacional líquida no quarto trimestre ficou em R$ 16,3 bilhões, quase o dobro dos R$ 8,9 bilhões do ano anterior, já por efeito parcial da incorporação da Inco. No ano, a receita bruta atingiu R$ 46,7 bilhões , ante R$ 35,3 bilhões em 2005.

No ano que passou, a companhia registrou recordes na produção de minério de ferro, atingindo 271,069 milhões de toneladas. O produto respondeu por 46,7% de receitas totais da Vale. Neste período, a companhia se tornou a maior fornecedora de minério de ferro para a China, para onde embarcou 77,8 milhões de toneladas, com crescimento de 37,8% ante 2005.

Com a consolidação da Inco, a Vale atingiu a maior produção trimestral de níquel. Foram 69 mil toneladas do metal refinado no período outubro/dezembro de 2006. No ano, a brasileira foi a maior produtora de níquel refinado no mundo, atingindo 250,6 mil toneladas. As vendas do metal representaram 25,7% da receita.

O resultado consolidado da Vale em US GAAP, de acordo com a contabilidade americana, apresentou lucro líquido de US$ 6,5 bilhões, equivalente a US$ 2,69 por ação. No quarto trimestre, o lucro foi de US$ 1,5 bilhão, 65 centavos de dólar por ação.

A Vale ressaltou que no quarto trimestre, e consequentemente em 2006, o lucro líquido foi negativamente afetado por efeitos extraordinários no valor de US$ 1,1 bilhão – US$ 946 milhões do reajuste do estoque da CVRD Inco a preço de mercado e US$ 171 milhões de provisões ambientais.

Segundo os números da Vale em dólar, as despesas financeiras aumentaram em US$ 778 milhões, passando de US$ 560 milhões em 2005 para US$ 1,3 bilhão, em 2006. O motivo foi o aumento da dívida média de US$ 4 bilhões em 2005 para US$ 10,9 bilhões, em 2006, o que levou a um aumento de US$ 289 milhões nos pagamentos de juros, além de outras despesas da CVRD Inco de US$ 76 milhões.

O lajida ajustado foi de US$ 9,1 bilhões, novo recorde, segundo a Vale. “Excluindo o efeito ajustado da consolidação da CVRD Inco, o lajida em 2006 teria sido de US$ 8,6 bilhões”, destaca a mineradora em documento.

A dívida total em 31 de dezembro de 2006 era US$ 22,5 bilhões, aumento de US$ 17, 5 bilhões em relação à posição do fim de 2005. Da dívida total, 85% eram em dólares americanos. A dívida líquida fechou 2006 em US$ 18,1 bilhões, descontado caixa de US$ 4,4 bilhões.

Fonte: Valor Econômico.