Decretada situação de emergência em Cuiabá

18 de setembro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, decretou situação de emergência na cidade por 60 dias. A falta de chuvas é o principal motivo para a adoção da medida. Sem as precipitações há semanas, a umidade relativa do ar se mantém baixa, a população de bairros que dependem de poços artesianos está praticamente sem receber água e o rio Cuiabá atingiu o nível mais baixo dos últimos 10 anos: chegou á cota de 75 centímetros.

A oscilação e as quedas no fornecimento de energia elétrica no município também foram levadas em consideração para a elaboração do documento. Isso porque as interrupções bruscas prejudicam o sistema de abastecimento de água em toda a Capital, pois além dos equipamentos estragarem com as quedas de energia elétrica, mesmo que não haja danos materiais, o sistema demora horas para voltar a funcionar normalmente.

No decreto, assinado ontem durante entrevista coletiva, Santos estabeleceu que as aulas nas escolas municipais podem ser suspensas ou ter os horários readequados, de acordo com a necessidade (ver matéria). A Defesa Civil também foi autorizada a iniciar a elaboração do Plano Emergencial de Respostas a Desastres e a convocar voluntários e a Secretária de Saúde a reforçar equipes e remanejar quadros enquanto perdurar a situação.

No período de vigência do decreto, a Companhia de Abastecimento de Água da Capital (Sanecap) poderá contratar e requisitar caminhões-pipa, equipamentos hidráulicos e realizar ações para minimizar os danos causados à população. Com a falta de chuvas, os poços artesianos estão desabastecidos, já que a água do lençol freático é proveniente das precipitações.

Dezenas de bairros dependem dos poços artesianos, que estão operando com apenas 40% da capacidade normal. A situação torna-se ainda mais grave com altas temperaturas e baixos índices de umidade relativa do ar. Os moradores da região sul da cidade são os mais afetados.

Bairros como o Pedra 90, Pascoal Ramos, Industriário, Três Barras e Altos da Serra padecem com o problema e em muitas dessas áreas, maioria periférica, há muita poeira por causa da falta de asfalto.

Quando não chega a água encanada, a prefeitura tem o dever de enviar caminhões-pipa para abastecer os moradores. Santos afirmou que semana passada houve falta de veículos do tipo, porque eles estavam cedidos para a operação de combate ao incêndio em Chapada dos Guimarães. “Nós temos 12 caminhões e está autorizada a contratação de mais seis ou de quantos forem necessários”, disse.

CHUVA – Após dois meses de estiagem, deve voltar a chover em Cuiabá. De acordo com informações do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, órgão ligado ao Instituto de Pesquisas Especiais (Inpe), estão previstas pancadas de chuvas para hoje e amanhã na Capital.

Fonte:Diário de Cuiabá