O engenheiro de produção Reginaldo Moreira, de Primavera do Leste, fala da atuação no mercado de MT

30 de outubro de 2017, às 8h00 - Tempo de leitura aproximado: 4 minutos

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O engenheiro de produção Reginaldo Moreira também é engenheiro de segurança do trabalho e técnico em mecânica. Nasceu na cidade de Adamantina-SP, onde se criou e permaneceu até seus 27 anos. Trabalhou por 13 anos em uma indústria, alcançando assim o cargo de gerente de produção sendo responsável por toda parte produtiva, desenvolvimento de produtos, programação de máquinas CNC e gerenciamento de pessoas. Em outubro de 2007 mudou-se para Primavera Leste, com uma proposta de trabalho cheia de desafios e muitas oportunidades. No sonhado curso de Engenharia de Produção foi monitor das aulas práticas de mecânica, o que lhe despertou o interesse pela docência. Reginaldo fez Especialização e atualmente é sócio-proprietário de empresa, compondo também o quadro de docentes de uma universidade particular, em Primavera do Leste.

1 – Onde e quando se formou e, por que escolheu o curso de Engenharia de Produção?
Me formei em 2013, na Universidade de Cuiabá (UNIC), em Primavera do Leste. Escolhi este curso por ser uma área completamente ampla, queria muito fazer um curso no qual pudesse aprender sobre diferentes áreas e que me desse a oportunidade de trabalhar não só no ramo da indústria metal mecânica, mas em empresas de seguimentos distintos, trabalhando com gestão de pessoas, planejamento de controle de produção, elevando produtividade, rentabilidade e atingindo metas.

2 – Como é o dia a dia de quem trabalha nesta profissão, o que você tem desenvolvido?
Assim como todas as áreas da engenharia, o dia a dia do profissional de Engenharia de Produção é repleto de atividades e muita responsabilidade. Buscamos formas de redução de custos, eficiência constante, otimização de processos, prestação de serviços, capacidade produtiva, além de contato com fornecedores. Atualmente trabalho com a parte administrativa e desenvolvimento de melhorias no setor agroindustrial e de aviários, desenvolvendo serviços de assessoria e consultoria para clientes que buscam parcerias entre fornecimento de produtos, equipamentos e prestação de serviços. Além disto, ministro aulas de gestão de manutenção, processo de fabricação, projetos de fábrica, entre outras disciplinas em uma faculdade da cidade.

3 – Quais as oportunidades do mercado de trabalho e os maiores desafios enfrentados pelo engenheiro de produção em Mato Grosso?
O profissional de Engenharia de Produção tem muitas possibilidades de atuação em sua carreira, é uma área multidisciplinar não se limitando apenas em industrias, mas também na prestação de serviços. Em relação aos desafios, Mato Grosso tem uma economia consolidada pela força da agricultura, é um Estado agro, mas por outro lado temos a logística e as cargas tributarias que acabam desestimulando as novas indústrias a se instalarem no Estado, fazendo com que muitos outros profissionais ao se formarem, tenham que sair do mesmo em busca de novas oportunidades.

4 – O que você considera importante para se destacar nesta profissão?
Considero que em meio a tantas outras profissões, o profissional deve cursar e trabalhar em algo que realmente goste e, que desperte o desejo de ir mais além, sendo assim, tenho certeza que alcançara ótimos resultados, grande desempenho e posteriormente um bom retorno financeiro.

5 – Como você vê, como engenheiro de produção formado e habilitado, a participação em uma entidade de classe?
As entidades de classe sem dúvidas nenhuma são a preservação e a valorização do profissional, cabendo assim aos mesmos, diante de suas atribuições legais, trabalharem de forma transparente, comprometida e acima de tudo, com ética profissional junto a categoria.

6 – A partir de sua experiência que conselhos você daria para os estudantes que ainda estão definindo o curso que irão fazer, aos que já estão fazendo Engenharia de Produção e para os profissionais que estão entrando no mercado de trabalho?
Aos estudantes que ainda estão definindo o curso que irão fazer, tenho a dizer que as engenharias, assim como as outras áreas, não devem serem escolhidas apenas pela condição de remuneração. Aos que estão fazendo Engenharia de Produção precisam estar cientes e preparados para dificuldades que surgirão ao longo do caminho e que existe sim, um mercado amplo de oportunidades para os bons profissionais. E aos meus colegas que estão entrando no mercado de trabalho, digo que não se assustem com a pressão recebida por alguns e que tudo vem no tempo certo, só não podem desanimar e ter em mente que com determinação e esforço, a vitória é certa.