Químico descobre método para preservar sabor natural

10 de janeiro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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O suco de laranja embalado pode ter o mesmo sabor e as mesmas propriedades nutritivas de um suco natural. A descoberta é do químico Cláudio Patrício Ribeiro Júnior, do programa de pós-graduação em engenharia química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Ele desenvolveu um sistema capaz de concentrar o suco de laranja sem que o gosto e o aroma sejam prejudicados. De acordo com o autor, essa diferença produzida pela inovação no processo aponta para enormes ganhos para a economia, já que o Brasil é o maior exportador de suco de laranja do mundo.

“Nós já entramos com o pedido de patente para o processo”, anunciou. “Com o novo método aplicado e com um produto de maior qualidade teremos um diferencial para o suco brasileiro e depois podemos adequar o método a outras frutas tropicais”, antecipou o cientista, que teve sua tese orientada pelo pesquisador Paulo Laranjeira da Cunha Lage.

O resultado do trabalho está sendo premiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes/MEC). O químico receberá o Grande Prêmio Capes de Tese César Lattes na área de exatas, junto a uma bolsa de pós-doutorado de um ano no exterior, medalha e diploma.

Além disso, uma parceria firmada pela Capes permitirá que a Fundação Conrado Wessel (FCW) conceda a ele recursos da ordem de US$ 15 mil. “A Fundação distribui, todos os anos, mais de R$ 1 milhão com o Prêmio FCW de Arte, Ciência e Cultura. A parceria com a Capes permitiu que a nossa atuação fosse ampliada, contribuindo para o desenvolvimento da pesquisa e para o aperfeiçoamento profissional de nossos cientistas”, destaca o presidente da FCW, Américo Fialdini Jr.

A tese de Ribeiro Júnior foi selecionada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC). A instituição observou a qualidade do trabalho, a originalidade e a relevância para o desenvolvimento do País.

A avaliação dos candidatos envolveu 56 comissões e 198 consultores das mais diversas instituições de ensino superior do Brasil. Nessa primeira edição do Grande Prêmio Capes de Tese, foram 228 teses inscritas. Três teses foram escolhidas, uma para cada grande área de conhecimento.

Segundo presidente da Capes, Jorge Guimarães, o prêmio serve de incentivo para que os estudantes busquem elevar cada vez mais seus projetos de pesquisa. “Queremos incentivar os recém-doutores a se engajar na urgente tarefa de participar e de promover o desenvolvimento científico, econômico e sociocultural do País”, acredita.

Fonte: Coordenação de Aperfeiçoamento de Profissional de Nível Superior (Capes)