Crea-MG participa de Operação Barragens

17 de julho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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Os resultados da Operação Barragens, realizada de 3 e 6 de julho, mostram o êxito das fiscalizações, que vistoriaram 38 estruturas de contenção de rejeitos de mineração no Estado. De acordo com dados das equipes técnicas, que se distribuíram pelas regiões do Quadrilátero Ferrífero, Itabira e Zona da Mata, a maior parte das barragens apresenta situação satisfatória e os empreendedores estão seguindo as recomendações dos auditores responsáveis pelas estruturas.

Esse é o segundo passo das ações de prevenção a acidente nesse tipo de barragem. Os locais escolhidos para essa operação já foram fiscalizados e seus responsáveis advertidos a tomarem medidas de prevenção à ruptura.

O Crea-MG participou da Operação, realizada pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema), em parceria com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o Ministério Público Estadual (MPE) e o Crea-RJ. A ação visa dar continuidade ao trabalho realizado pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) de Gestão de Barragens, verificando a implementação das recomendações apontadas pelos auditores para estruturas sem garantia de estabilidade.

Prevenção
Segundo Cláudia Nonato, da Câmara de Geologia do Crea-MG, a operação é um passo importante para prevenir acidentes como o de Muriaé, onde a barragem estourou, jogando cerca de 400 milhões de lama de rejeitos de mineração no Rio Muriaé. “É a primeira vez que o Crea participa de uma fiscalização integrada em barragens desse tipo. Até então, as barragens de rejeitos de mineração eram fiscalizadas em ações isoladas”, explica.

As quatro equipes técnicas observaram também parâmetros como as características da crista, dos taludes de montante e de jusante, se há infiltração e fugas de água na barragem, além de aspectos referentes ao vertedouro, à tomada d’água e ao sistema de comporta.

De acordo com a diretora de Monitoramento e Fiscalização Ambiental da Feam, Alice Soares, os autos de fiscalização serão analisados de acordo com os relatórios de auditoria de cada empreendimento e nas estruturas em que foi constatado um maior número de não conformidades, os empreendedores serão autuados. “Esta é uma Operação sistemática, com a realização de fiscalizações seqüenciais, em parceria com o MPE e com o Crea, para verificar as devidas adequações”, ressalta.

Fonte: Crea-MG