Prazo para “lixões” se adequarem a aterros sanitários terminará em 30 de agosto
24 de julho de 2014, às 15h32 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
Para o engenheiro civil do Crea-MT, Archimedes Pereira Lima Neto, é impossível cumprir o prazo determinado pela
lei nº12.305/2010 que instituiu o Plano de Resíduos Sólidos e a construção dos aterros sanitários em todos os municípios brasileiros até o fim de agosto deste ano. "A diferença entre o 'lixão' e o aterro sanitário é a maneira como os resíduos são manejados. Com a implantação do aterro, diminuiria a poluição e melhoraria a situação de trabalho dos catadores", disse Archimedes.
Para Archimedes, a implantação do aterro sanitário poderia ser feita em três etapas, que duram entre três meses e cinco anos. A primeira delas e mais urgente "é fechar as entradas para depósitos não autorizados, esses feitos por pessoas que descartam objetos inutilizados. Nessa etapa inicial, também é necessário utilizar tratores para compactar o lixo; implantar chaminés de concreto para coletar o gás; além de construir um galpão coberto para separar e armazenar os materiais recicláveis. Essas mudanças também contribuiriam para a melhoria nas condições de trabalho das cooperativas e dos catadores", explica.
A segunda etapa teria a duração de um ano e compreenderia a implantação do aterro controlado, como é o caso do aterro da capital. "Em até cinco anos o aterro sanitário
estaria em pleno funcionamento. Caberia implementar os outros itens que acompanham a criação do aterro,
como realizar a coletiva seletiva, em Várzea Grande, que já é feita em algumas cidades brasileiras", finaliza.
Os municípios que não se adequarem à Política Nacional de Resíduos Sólidos até o fim do mês de agosto passarão a responder por crime ambiental, com multas que variam de R$5 mil a R$50 milhões.