PNUD afirma que lanejamento poderia melhorar a distribuição de renda no Brasil
23 de agosto de 2010, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
A chefe de avaliação e monitoramento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Ana Rosa Soares, avalia que o planejamento é a única forma de racionalizar o crescimento que o país vive no momento. Segundo ela, o Brasil e outros países em desenvolvimento têm crescido nos últimos anos, mas nem toda população tem sido beneficiada.
Com o planejamento, segundo ela, a riqueza do país poderá ser melhor distribuída. Ana Rosa cita ainda como um dos maiores desafios do país a distribuição de água potável e renda. Ana Rosa é doutoranda nos Estados Unidos e uma das personalidades mais respeitadas no setor onde atua.
Segundo ela, o PNUD é uma entidade da Organização das Nações Unidas (ONU) e tem objetivo de promover o desenvolver e eliminar a pobreza no mundo. Entre outras atividades, o PNUD produz relatórios e estudos sobre o desenvolvimeto humano e as condições de vida das populações, bem como executa projetos que contribuam para melhorar essas condições de vida.
A chefe de avaliação e monitoramento do PNUD participou nessa segunda-feira (23), na 67ª Soeaa. Ana Rosa participou do painel “Discutindo uma agenda mundial: Desafios, oportunidades e visão de futuro”.
Assessoria de Imprensa/Soeaa – O que faz o PNUD?
Ana Rosa Soares – O nosso trabalho aqui no Brasil é justamente trazer uma visão e levar às pessoas o entendimento de quanto é importante o desenvolvimento para o nível local. Isso porque o país tem crescido acima da média, mas algumas pessoas ainda não entenderam que isso não tem acontecido a muitos brasileiros. Muitas pessoas ainda vivem na pobreza. A melhoria de condições chegou, mas ainda precisa ser melhor distribuída. Tudo isso só pode ocorrer se houver planejamento.
Imprensa/Soeaa – A missão, então, é discutir a distribuição de renda dentro de um planejamento estratégico?
Ana Rosa – Sim, até porque muitas pessoas ainda não têm acesso a esse momento que o país enfrenta. O país tem crescido bem. Por isso, é importante pensar o desenvolvimento de forma mais estratégica não só para o país , mas para as pessoas que mais necessitam. Isso deve ocorrer ao mesmo tempo em que é necessário melhorar a infraestrutura, o saneamento e acesso à água potável.
Imprensa/Soeaa – E como crescer de forma sustentável? Como a iniciativa privada pode contribuir?
Ana Rosa – O desenvolvimento sustentável não depende apenas do poder público. A iniciativa privada tem que cumprir seu papel também na sociedade com agente ativo. Temos que ter noção clara de que muita coisa boa vai acontecer, mas é preciso ter um planejamento estratégico para levar isso a mais pessoas e de forma mais racionalizada.
Imprensa/Soeaa – O Estado tem que ser o indutor nesse processo?
Ana Rosa – Sim. Com certeza. Os estados têm que ser indutor desse processo, mas as entidades de classe, como o CREA, têm que participar ativamente desse processo. Não podemos delegar isso apenas ao poder público. Por isso são tão interessantes medidas como essa: reunir pessoas e entidades para discutir o futuro.
*Téo Meneses
Comunicação Soeaa