No Dia do Engenheiro Sanitarista, a Presidente da Ameag-MT fala sobre carreira e desafios da área

No dia 13 de julho é comemorado o Dia do Engenheiro Sanitarista ou engenheiro de saneamento, profissional essencial para bem-estar coletivo.

O engenheiro sanistarista é responsável por desempenhar funções em atividades ligadas ao meio ambiente e à saúde populacional. Por exemplo, a condução de obras e projetos de saneamento, tratamento de água e esgoto, além do monitoramento da utilização de recursos naturais. Nesta data especial, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), realizou uma entrevista com a eng. sanitarista e presidente da Associação das Mulheres na Engenharia e Geociências (Ameag-MT), Áurea Campos Soares.

Áurea Campos Soares é engenheira sanitarista formada pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), pós-graduada em Saúde Pública pela Faculdade Cathedral, especialista em gestão pública municipal também pela UFMT e mestranda em recursos hídricos pelo PPGRH.  Atualmente ocupa o cargo de Secretária Adjunta de Meio Ambiente na Prefeitura Municipal de Água Boa.

Profissão

O que te fez escolher a engenharia sanitária como campo de atuação?

A Engenharia Sanitária entrou em minha vida primeiramente por influência de um amigo que já trabalhava na área de licenciamento ambiental e me fez ver uma oportunidade de atuação. Quando estava na faculdade, eu precisei pegar muitas disciplinas nos dois primeiros semestres porque engravidei logo no inicío – um grande desafio – e me apaixonei pela dia de ‘Ecologia e Poluição’. Foi um passo decisivo na minha permanência na engenharia sanitária.

Desafios

Quais os maiores desafios enfrentados hoje por quem trabalha com saneamento em Mato Grosso?

O saneamento é um grande desafio para os profissionais porque além de precisar de recursos financeiros vultuosos para execução das obras, é preciso uma grande vontade política para que esses projetos sigam avante, apesar do grande arcabouço legal que existe. O saneamento ainda é um setor que os gestores ainda não se envolvem completamente. Então, podemos dizer que é um desafio, técnico, financeiro e político.

Presença Feminina na Engenharia

Como tem sido representar e fortalecer a presença feminina dentro da engenharia?

Hoje, estando a frente da Associação das Mulheres da Engenharia, Agronomia e Geociências de Mato Grosso (AMEAG-MT),  observo que as mulheres estão ocupando espaços importantes nas esferas públicas e privadas, porém esses números ainda são muito pequenos em relação aos homens.

Também vejo que existem muitas mulheres em busca de reenquadramento profissional, algumas com idades acima dos 45 anos, que acabam tendo dificuldades para reenquadrarem-se, inclusive pelos desafios tecnológicos. Tenho buscado, junto com a diretoria da AMEAG-MT, realizar eventos de fortalecimento, eventos técnicos, e também alguns ligados às áreas de gestão emocional e financeira, para que nós mulheres possamos crescer em todas as áreas da vida.

É uma honra poder representar as mulheres do Sistema Confea-Crea e Mútua!

“Quero dizer aos profissionais da engenharia sanitária que sejamos mais amigos, que enxerguemos no outro um parceiro, e não um concorrente. Quando estamos unidos, crescemos muito mais na profissão. Precisamos ocupar os espaços públicos e privados com profissionais de todas as áreas, apoiando quem está chegando. A excelência no que fazemos é essencial, e a capacitação é um dos caminhos pra isso. Aos novos profissionais, minha mensagem é: continuem firmes, não parem. Se aproximem dos bons, e busquem ser melhores a cada dia — não melhor do que os outros, mas melhor do que vocês mesmos.”

Áurea Campos Soares

 

O Crea-MT parabeniza todos os profissionais da área!

Texto: Assessoria de Comunicação do Crea-MT