Mesa redonda tirou dúvidas dos profissionais quanto às obras do VLT em Cuiabá

23 de março de 2012, às 13h10 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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Questionamentos sobre mão de obra especializada, reorganização do espaço urbano, e possíveis entraves para as obras do VLT foram feitos pelos participantes durante a mesa redonda com os palestrantes do 1° Seminário Metroferroviário, realizado dia 21, no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT).

Para o engenheiro Tadashi Nakagawa, em relação ao questionamento sobre a formação de mão de obra especializada para atuar no novo modal de transporte que será implantado em Cuiabá, “as universidades terão um grande papel na formação de mão obra especializada para atuar nesse modal. Em São Paulo, quando o metrô foi instalado a maioria dos funcionários não tinha conhecimento prévio do funcionamento, e eles foram treinados para operar o metrô”, afirma.

O arquiteto e urbanista José Antônio Lemos questionou o engenheiro Peter Alouche sobre o prazo de dois anos para a conclusão das obras de implementação do VLT. Para Peter, o prazo é hábil, “desde que o material rodante comece a ser construído imediatamente, já que o protótipo demora dois anos para ficar pronto. No caso das obras civis, elas podem ser divididas e o tempo é suficiente”. Tadashi também afirma que, em relação as obras civis, é necessário um tratamento especial para os trechos em que haverão cruzamentos, já que o trem vai ser instalado de maneira segregada e ainda em relação a disponibilidade de energia para o funcionamento do VLT.

A engenheira agrônoma Marilda Vinagre questionou os palestrantes sobre dois assuntos: os possíveis entraves para as obras, como o licenciamento ambiental, e a utilização de tecnologias tendo em vista a infraestrutura complexa que o VLT requer. Para o engenheiro Luís Miguel de Miranda, “as dificuldades encontradas em Mato Grosso não são diferentes de outras cidades, quando se fala em licenciamento ambiental. Talvez Cuiabá tenha outros problemas como a drenagem e a rede de esgoto no traçado VLT.” Em relação ao sistema tecnológico do VLT, Peter afirma que o modal tem um sistema mais complexo e sofisticado que outros meios de transporte mas que é uma “oportunidade para o interior do Brasil aplicar suas tecnologias”.

Encerrando o evento, o arquiteto e urbanista José Antônio Lemos afirmou que o processo de reorganização do espaço urbano é uma chance de ouro para que Cuiabá tenha o upgrade que precisa mas afirma a necessidade “de esse processo aconteça com a participação da sociedade e dos profissionais da área tecnológica.”

*Laís Costa
Gecom/Crea-MT