João Pedro Valente e Juares Samaniego visitam Instituto de Pesquisas Tecnológicas em São Paulo

2 de outubro de 2018, às 19h15 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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O presidente do Crea-MT, João Pedro Valente, e o diretor financeiro da Mútua Nacional, Juares Samaniego, visitaram nesta terça-feira (02/10), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) em São Paulo. Foi no Instituto, que em julho de 2012, foram realizados os testes no túnel de vento do Centro de Metrologia de Fluídos tanto para a Arena Pantanal quanto para o Centro de Treinamento da UFMT, na verificação dos coeficientes de pressão e fornecimentos de dados com maior confiabilidade aos projetistas das estruturas em questão.

Eles foram recebidos pelo engenheiro mecânico, mestre e pesquisador do IPT, Gabriel Martins, o qual detalhou que para a execução dos ensaios à época, os pesquisadores simularam primeiramente as características do vento do bairro Verdão, no qual o estádio está localizado. “Os testes foram referenciados em função da norma NBR 6123, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que levou em consideração a rugosidade do terreno, no caso a categoria III, que tem como características a presença de terrenos planos ou ondulados com obstáculos, tais como muros, poucas árvores, edificações baixas e esparsas, e uma cota média do topo dos obstáculos de três metros. Foi necessária também a inclusão nos ensaios de uma maquete do Ginásio Aecim Tocantins, que está localizado no entorno da Arena Pantanal. A inclusão do centro poliesportivo com capacidade para 11 mil espectadores foi necessária para estudar a sua influência nos ventos que incidem no estádio”, explicou o pesquisador detalhando que quando existe uma construção muito próxima à obra em estudo, ela pode diminuir o carregamento do vento e atuar de maneira favorável à edificação, mas há casos em que a localização e a forma da construção pioram o carregamento de vento”.

“O mais interessante é que a simulação em laboratório se torna muito próxima da situação real e permite aos engenheiros preverem situações de risco e corrigi-las, atuando assim na qualidade e segurança das pessoas. No exemplo, da Arena Pantanal, como nos foi apresentado, com a confirmação dos resultados, a equipe do túnel de vento partiu para a instalação de 308 tomadas de pressão na maquete do estádio com as quatro arquibancadas montadas. Enquanto os ensaios do Castelão de Fortaleza um ano antes ficaram concentrados na obtenção dos coeficientes de pressão na região da cobertura, os testes na Arena Pantanal mediram também os carregamentos de ventos nos sistemas de fechamento construídos em tensoestrutura. Uma tecnologia que foi adotada na construção e reforma de diversos estádios brasileiros. Também conhecidas como estruturas tensionadas ou têxteis, por utilizarem tecidos técnicos em sua composição, as membranas do tipo lona empregam materiais leves e trazem vantagens como redução de custos em iluminação e ventilação, uma vez que Cuiabá possui temperaturas elevadas”, disse o presidente João Pedro Valente.

*Equipe de Comunicação do Crea-MT