Homenagem: Crea-MT destaca a importancia do Engenheiro Químico

20 de setembro de 2023, às 10h40 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

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O dia do Engenheiro Químico é comemorado no Brasil em 20 de setembro. Esses profissionais desempenham um papel fundamental em diversos setores, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e do progresso tecnológico e no desenvolvimento do país e, em homenagem, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), entrevistou este mês a eng. química e de Segurança do Trabalho Maria do Socorro Araújo Teixeira.

Ela é formada pela Universidade Federal da Paraíba (UFCG), além de possuir mestrado em Engenharia de Minas, na Área de Concentração de Tratamento de Minérios também pela UFCG e Pós-graduada em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Maria atua como docente em Instituições de Educação Superior (IES) nos cursos de Engenharias há mais de 20 anos, além de ter trabalhado como perita judicial na área de fogos de artifícios pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Crea-MT: O que mais chamou a sua atenção para entrar na área de engenharia química e de segurança do trabalho?
Maria: Desde pequena sempre gostei de pesquisar e era muito dedicada aos estudos. Nunca tive dificuldades com matemática e química. Meus pais foram meus maiores incentivadores para obter a graduação. Afinal para eles era a maior riqueza que deixariam para mim. Segui sempre disciplinada nos estudos em colégios religiosos durante o ensino médio e fundamental. E ao deparar com o vestibular queria muito ser engenheira, optando pela química e dando ênfase ao trabalho investigativo. Após formada escolhi ser docente nas Engenharias e seguir a carreira de Perita Judicial em fogos de artifícios, onde para o aperfeiçoamento entrei para Segurança do Trabalho.

Crea-MT: Qual maior desafio do químico e de segurança do trabalho?
Maria: Como em toda engenharia, na Química estamos sempre em busca de oportunidades em carreiras onde buscamos a valorização profissional principalmente pela competência. Um dos desafios dessa modalidade é trabalhar frente a um país em desenvolvimento, pois no Brasil, a engenharia ainda precisa superar obstáculos, dessa forma impulsionando as oportunidades das grandes empresas, principalmente pelo acelerado desempenho do país através de uma engenharia avança, o que propõe a valorização das modalidades da categoria.

Crea-MT: Como é o mercado de trabalho para o engenheiro dessas modalidades?
Maria: O mercado dessa área é muito amplo, porque os Engenheiros Químicos podem alcançar grande parte das indústrias, por serem essenciais para diversos setores industriais, ou seja, são inseridos nas diversas áreas de atuação, como petróleo, têxtil, alimentos, bebidas, cosméticos, entre outras. Nos processos industriais, o Engenheiro Químico pode desenvolver e supervisionar processos produtivos com a finalidade de realizar transformações físico-química e extrações de matérias primas sempre minimizando os impactos ambientais. O profissional dessa modalidade pode atuar de forma preparada para desentranhar um mercado cheio de nichos, dos quais os engenheiros aplicarão seus conhecimentos para crescerem profissionalmente e se destacarem por suas competências.

Crea-MT: Como a senhora avalia o campo de atuação da engenharia química e de segurança do trabalho em Mato Grosso?
Maria: Em Mato Grosso, o mercado está se expandindo muito com a chegada de novas usinas de álcool e biocombustíveis, onde precisam de engenheiros químicos no seu quadro de colaboradores, pois esses profissionais são os responsáveis pela transformação da matéria-prima nos processos produtivos. Também temos o agronegócio que é forte nesse Estado, fazendo o engenheiro optar por trabalhar com sementes, curtumes, agrotóxicos, tratamentos de água, enfim uma gama de outros setores industriais onde o químico pode atuar.

Crea-MT: Em relação ao salário mínimo profissional qual sua avaliação?
Maria: O salário mínimo profissional não é tão promissor, mas pode melhorar muito da região e temos o nosso conselho profissional, o Crea-MT que luta pela classe.

Crea-MT: E os profissionais do Sistema Confea/Crea tem recebido a valorização merecida, sejam eles repartições públicas ou privadas?
Maria: Na minha opinião sim, pois o órgão da classe está aí para lutar por nós, fiscalizando e exigindo que profissionais habilitados tenham seu devido reconhecimento profissional e financeiro, pois prezam pela boa qualidade dos serviços prestados. A habilitação dificulta a inserção no mercado daqueles que não estão aptos a trabalhar como engenheiros.

Texto: Ana Frutuoso (com supervisão de Cristina Cavaleiro); Fotos: Arquivo pessoal