Estudantes de engenharia civil e mecânica participam de palestra sobre o Crea
15 de fevereiro de 2012, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
O funcionamento do sistema Confea/Crea, e assuntos relacionados à representação e habilitação dos profissionais, além das estruturas dos conselhos regionais e do federal foram discutidos ontem, 14, no auditório da Faculdade Anhaguera, em Cuiabá, com 150 estudantes de engenharia civil e mecânica da instituição de ensino. A palestra foi conduzida pelo engenheiro sanitarista e assessor parlamentar do Crea-MT, Jesse Rodrigues, que começou explicando as definições e atribuições dos 27 conselhos regionais, e do Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), regidos pela Lei n° 5194/66.
Sobre o sistema Confea/Crea, Rodrigues comentou sobre a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) on-line, e lembrou que o Crea de Mato Grosso é o segundo conselho do país que utiliza o sistema on-line, que foi desenvolvido pelo Crea do Rio Grande do Sul. Jesse enfatizou a importância da ART durante o exercício das profissões, já que “a ART faz parte do currículo do profissional e compõe o seu acervo técnico”, afirma. Ele destacou ainda a importância dos profissionais que atuam no meio acadêmico, como professor, também poder fazer a ART de Cargo e Função.
O exercício ilegal da profissão também foi discutido por Jesse, e ainda as mudanças da Resolução n° 1010/05 em relação às alterações acadêmicas de competência das instituições de ensino, além da função do conselho. Para Jesse, é importante frisar que a instituição educacional qualifica e o conselho habilita, enquanto todas as atividades são disciplinadas por resoluções.
Lenita de Souza Ferreira, farmacêutica bioquímica, e estudante de engenharia civil, questionou Jesse sobre as atribuições dos cursos de graduação, técnico e tecnólogo e se o número de profissionais registrados no Crea é suficiente para suprir a demanda. “Parte dos profissionais já estão atuando em órgãos públicos e apesar de parecer um número considerável ainda há um déficit no mercado que os novos profissionais deverão suprir. É por isso que vocês estão fazendo engenharia”, respondeu Jesse. A estudante disse que já conhecia a atuação do Conselho por fazer parte de um e conhecer o seu funcionamento por ser similar, com algumas mudanças específicas de um para o outro. A estudante buscou o curso de engenharia civil como uma alternativa de complementar a perda salarial por conta da aposentadoria. “Vou me aposentar daqui cinco anos e pretendo trabalhar como autônoma após a conclusão do curso”, disse.
O coordenador dos cursos de engenharia da Faculdade, o engenheiro eletricista Rogério Pinto do Nascimento, disse que fez questão de convidar o Crea no início das aulas para esclarecer a atuação do conselho. “Quando um estudante de Direito se forma, ele sabe que vai precisar se registrar na OAB. A mesma coisa acontece com as profissões do sistema tecnológico, mas é ao Crea que devemos procurar.” O coordenador afirmou a necessidade dos estudantes se manterem informados para não perderem oportunidades de emprego futuramente.
A palestra é gratuita e pode ser solicitada pelo e-mail apar@crea-mt.org.br ou pelo telefone 9995-9298.
*Laís Costa
Gecom/Crea-MT