Entidades promovem palestras para o incentivo ao uso racional da água
31 de março de 2014, às 15h45 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
Na última semana, entidades registradas junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT) como a Associação de Engenheiros Agrônomos de Rondonópolis (Aeagro), a Associação Brasileira de Engenheiros Civil Seção Mato Grosso (Abenc), a Associação de Engenheiros Sanitaristas de Mato Grosso (Aesa), a Associação de Engenheiros Agrônomos de Mato Grosso (AEA-MT), o Clube de Geologia de Mato Grosso (Geoclube) e a Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea-MT (Mútua-MT) realizaram palestras aos seus associados em comemoração à Semana da Água e trouxeram em parceria um profissional internacional para falar sobre o uso racional da água.
Para falar sobre qualidade e tratamento de águas subterrâneas, bem como tratamentos utilizados com águas contaminadas com agrotóxicos o convidado especial era o professor do Instituto de Engenharia Agrícola do Centro de Organização Agrícola de Israel, o PhD. Beni Lew.
Formado pela Universidade Federal de Mato Grosso, e morador há 20 anos em Israel, o professor cuiabano Beni Lew trouxe sua experiência com o uso de membranas e controle biológico para tratar águas contaminadas. "Se vê que o brasileiro ainda hoje em dia utiliza muito mais água que o necessário para a agricultura e o medo dos engenheiros é que num futuro próximo não haja água suficiente para a agricultura como ocorre em Israel. Esperamos que não cheguemos a esse ponto, as alternativas seriam utilizar menos agrotóxicos ou agrotóxicos que causem menos danos ao meio ambiente, mas se chegar a faltar água já existem tecnologias no mundo que Israel está desenvolvendo para poder combater principalmente a poluição dos lençois freáticos". explicou Beni Lew.
O professor apresentou duas tecnologias utilizadas em Israel: a membrana para dessalinização das águas do mar e recuperação de águas subterrâneas e um sistema com o uso de bactérias presas em cápsulas, que seriam técnicas de baixo custo.
Para o professor o ideal é que as águas sejam protegidas enquanto haja tempo, pois a situação enfrentada por Israel é severamente crítica enquanto o Brasil vive em abundância de reservas que estão sendo esgotadas pelo seu uso irracional."Preservar é o meio mais barato que se tem para não precisar recorrer a altas tecnologias. A conscientização deve ser disseminada antes da inevitável escassez deste que é um dos bens mais precioso para a manutenção da vida".
As palestras ocorreram em Cuiabá e Rondonópolis e contaram com a participação do primeiro vice-presidente do Crea-MT, Marcos Vinícius Santiago, além dos presidentes das respectivas entidades de classe organizadoras do evento. Veja a Galeria de Fotos.