Conselheiro de MT coordena palestra sobre energia eólica
9 de setembro de 2013, às 20h19 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
O conselheiro federal por Mato Grosso, engenheiro eletricista Marcus Vinícius Santiago, coordenou a palestra “Energia eólica uma visão geral”, proferida pelo também eletricista Ronaldo Custódio, evento que estreou a programação da Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea) nesta segunda-feira (9/9).
“O papel dos engenheiros na pesquisa e desenvolvimento de projetos é fundamental para que a energia eólica tenha seu custo de produção reduzido e funcione como alternativa às usinas hidrelétricas, que hoje são a principal fonte energética brasileira”, avaliou Santiago.
A palestra também fez parte do lançamento do livro que consolida conhecimento e informações sobre o desenvolvimento dessa fonte energética, sendo fundamental para avançar os estudos nesse setor que cresce exponencialmente no Brasil e no mundo.
A obra destaca estudos minuciosos sobre terreno e sua influência no vento; a disposição das máquinas para maior eficiência da usina e critérios para definição das distâncias entre os aerogeradores. “O objetivo é disseminar conhecimento para engenheiros a fim de que possam projetar parques eólicos. A pretensão é ajudar a engenharia brasileira a desenvolver seus próprios projetos e não precisar mais exportar”, afirma o especialista que também dirige o setor de Engenharia da Eletrosul Centrais Elétricas S.A. (Eletrosul).
Entusiasta da pesquisa sobre energia eólica, Custódio aponta as vantagens dessa tecnologia para o Brasil. “É uma fonte renovável, causa pouco impacto ambiental e agrega receita para os proprietários de fazendas onde os parques são instalados”, exemplifica. No entanto, as dificuldades para inserção de alternativas no Brasil são os desafios para o governo federal. “O país dispõe de grande potencial hidrelétrico e de baixo custo; enquanto o custo da energia eólica é alto”, explica. Por isso, são necessárias condições para definição de programas de incentivo e política permanente com a proposta de tornar essa alternativa ainda mais competitiva.
As perspectivas da energia eólica no Brasil, de acordo com o engenheiro, demonstram a expansão do setor no que diz respeito à capacidade instalada. “Em 2001, foi classificado na 20ª colocação. Já para 2013, a previsão é de que esteja em 10º lugar”, sinaliza. Quanto à implantação de novos parques eólicos em 2012, o país esteve entre os oito colocados no ranking mundial, sendo os estados do Rio Grande do Sul, Ceará e Rio Grande do Norte os principais responsáveis por esse resultado.
O Crea Mato Grosso participa da 70ªSoea, 8ºCNP e ExpoSoea em parceria com a Mútua.