Audiência pública discute regulamentação da profissão de tecnólogo
20 de agosto de 2010, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
O evento iniciou a programação do IV Fórum de Valorização dos Tecnólogos das Áreas Abrangidas pelo Sistema Confea/Crea. Temas oportunos à categoria serão debatidos até sábado (21)
A Associação Nacional dos Tecnólogos (ANT) iniciou, na noite desta quinta-feira (19), o IV Fórum de Valorização dos Tecnólogos das Áreas Abrangidas pelo Sistema Confea/Crea. Com o objetivo de discutir temas oportunos à categoria, o evento reuniu, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, representantes do MEC, Senai-GO, Crea-MT, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFMT) e estudantes da área. Em pauta, o Projeto de Lei 2.245 de 2007 que propõe a regulamentação da profissão de tecnólogo no Brasil.
“A profissão de tecnólogo é bastante antiga no país, não surgiu do nada. Contudo, hoje, nos vemos submetidos a uma cultura bacharelesca que valoriza apenas aqueles que passaram quatro, cinco anos em uma faculdade. É preciso que fique claro que um curso tecnólogo é, também, um curso de nível superior. Os tecnólogos não estão no mercado para concorrer com os demais profissionais, estão para completar. Por isso, precisamos lutar pela aprovação desse projeto”, destaca o presidente da ANT, Jorge Guaracy Ribeiro.
Ele explica que o preconceito sofrido pelos tecnólogos graduados decorre da falta de informações acerca das atribuições do profissional. “O tecnólogo tem uma formação focada, direcionada, daí a necessidade de dois a três anos para o seu aperfeiçoamento. Já o bacharel, detém o conhecimento amplo, fazendo com que precise de cursos de especialização para ingresso no dinâmico mercado de trabalho. O tecnólogo já entra em condições de produção imediata”.
O gerente de Educação Profissional do Senai-GO, Ítalo de Lima Machado, é um defensor da regulamentação do exercício da profissão de tecnólogo. “No Senai, fizemos uma opção: as faculdades de tecnologia formam, prioritariamente, tecnólogos. Essa medida vem ao encontro das necessidades demandadas pelo mercado de trabalho”. E exceção, conta Machado, são os cursos de licenciatura que formam professores. Dados divulgados pela ANT mostram que, nos países desenvolvidos, há, em média, para cada bacharel, cinco tecnólogos graduados.
Realizado de maneira integrada à 67ª Semana Oficial da Engenharia, Arquitetura e Agronomia(SOEAA), o IV Fórum de Valorização dos Tecnólogos das Áreas Abrangidas pelo Sistema Confea/Crea prossegue até este sábado, 21 de agosto, no plenário Rubens Paes de Barros Filho, na sede do Crea-MT.
PROJETO DE LEI 2.245/2007 – Antiga reivindicação dos profissionais tecnólogos, a regulamentação profissional, quando em vigor, trará inúmeros benefícios à categoria. “Hoje, somos submetidos a um sistema que não nos reconhece enquanto profissionais. Estamos, com essa lei, buscando representatividade para que possamos lutar, em grau de igualdade, por nossos direitos”, esclarece o presidente da ANT, Jorge Guaracy Ribeiro.
Outro ponto positivo, será a inclusão das profissões no cadastro nacional de cursos. Essa medida, possibilitará a abertura de vagas específicas aos tecnólogos em concursos públicos. Atualmente, o projeto tramita na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
*Paula Peres
Comunicação Soeaa