Amazônia:desenvolvimento sustentável do agronegócio

15 de janeiro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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O Ministério do Desenvolvimento Agrário apresentará nas próximas semanas um plano de desenvolvimento específico para o agronegócio no bioma amazônico. O ponto central da iniciativa reforça uma recomendação antiga de pesquisadores e movimentos socioambientais, qual seja o reaproveitamento de áreas já desmatadas para o plantio.

Segundo pretende o ministério, a medida deve desestimular o avanço da fronteira agrícola e os novos desmatamentos decorrentes desse processo, além de incentivar atividades produtivas sustentáveis como o extrativismo. O Plano Executivo de Desenvolvimento Sustentável do Agronegócio na Amazônia Legal (PDSA) é concretização das ações de um Grupo Executivo criado em 2005 para assessorar o então ministro Roberto Rodrigues nas questões pertinentes ao desenvolvimento sustentável na Amazônia. O grupo é composto por agentes do governo e de instituições não governamentais como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O PDSA identificou uma série de limitações à sustentabilidade do agronegócio na região amazônica como o baixo nível de organização dos produtores, políticas públicas descomprometidas com o meio ambiente, a baixa disponibilidade local de conhecimentos técnicos e gerenciais e o caos fundiário que estimula a grilagem, um dos principais vetores do desmatamento.

No plano geral, a iniciativa visa adequar as políticas públicas do ministério às potencialidades e necessidades da região. As medidas concretas envolverão um projeto de capacitação de produtores, um projeto de agregação de valor e marketing para produtos regionais de origem sustentável, incentivo a inovações tecnológicas menos danosas ao meio ambiente, entre outros direcionamentos.

Segundo declarou à Agência Brasil um dos organizadores do plano, Márcio Porto Carneiro “O foco principal do plano, na verdade, é agregar valor aos produtos naturais, que são a fonte de vida daquelas populações, sem a introdução de culturas exóticas ou estranhas às culturas locais”.

Fonte: www.amazonia.org.br