Valorização profissional: quem está envolvido?
12 de janeiro de 2010, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
Como lidar com a questão da valorização profissional num sistema formado por mais de 800 mil profissionais, com diferentes titulações? O assunto vem merecendo destaque no Sistema Confea/Crea e deverá tomar ainda mais força, a partir de fevereiro, nos debates dos Congressos Estaduais e Microrregionais de Profissionais e, na etapa final em agosto, no 7º Congresso Nacional de Profissionais (CNP).
O eng. eletric. Edison Flávio Macedo, gerente de Programas e Projetos do Confea, ex-presidente do Crea/SC e ex-conselheiro federal, explica que a proposta de Valorização Profissional foi inserida como projeto específico no Portfólio de Programas e Projetos do Conselho Federal. Em seu texto referencial para o 7º CNP, ele comenta que uma tríplice indagação permeia a questão: “O que o profissional pode fazer por sua própria valorização? Que contribuições o Sistema poderia dar à valorização de seus integrantes? Os governos dos diferentes níveis teriam algum compromisso com a valorização dos principais agentes de seu desenvolvimento”?
“Uma visão limitada da valorização nos levaria a questões puramente internas, corporativistas e, no caso do Sistema Confea/Crea, altamente conflitantes no âmbito das mais de 300 profissões diferenciadas existentes”, afirma. Segundo o gerente, a valorização profissional não é um valor puramente corporativo, mas social. Ele separa alguns pré-requisitos e alguns requisitos para se atingir a valorização do que chama de “seres humanos-indivíduos-cidadãos-profissionais”. Os pré-requisitos são: consciência dos seus direitos e deveres, capacidade de lutar por eles e capacidade de estabelecer consensos. Os requisitos: identidade profissional própria, identidade do sistema profissional e visão prospectiva dos espaços de atuação profissional.
Estruturado nos preceitos constitucionais; no Código de Ética Profissional; na Teoria de Motivação de Abraham Maslow; nos índices de Desenvolvimento Humano e de Gini; entre outros, Macedo fala da importância de uma Política de Valorização Profissional. Segundo ele, essa Política deve considerar o profissional, a profissão, a sociedade e o Estado. E, nesse cenário, deve ser capaz de implementar as três linhas de ação que respondem à tríplice indagação considerada inicialmente por ele, ou seja, o que o profissional poderá fazer por si mesmo; o que o sistema poderá fazer pelo profissional e o que a União, os Estados e os Municípios poderão fazer pelos profissionais.
*Tânia Carolina Machado
Assessoria de Comunicação do Confea