Plenária discute combate à corrupção no processo eleitoral

4 de julho de 2011, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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Estiveram presentes sexta-feira, 1°, na sessão plenária do Confea, o juiz Marlon Reis, membro do Comitê Nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE); o secretário de prevenção à corrupção da Controladoria Geral da União, Mário Spinelli; e o promotor de justiça Affonso Ghizzo Neto. O objetivo foi manifestar o apoio ao Sistema Confea/Crea no seu processo eleitoral de 2011, bem como falar sobre a importância do controle social nos processos eleitorais e do engajamento no combate à corrupção.

O juiz Marlon Reis destacou que o MCCE tem uma história relativamente recente, mas que já tem um vasto conteúdo em termos de atuação em rede. “A própria presença do Confea no Comitê Nacional do Movimento demonstra que nós temos diálogo com uma entidade que congrega um segmento representativo da sociedade brasileira”.

Para o juiz, a democracia é uma conquista irretratável e requer eleições, não apenas periódicas, mas legítimas. “E aí está o grande desafio do MCCE: ter, cada vez eleições mais justas e éticas, que surtam efeito na construção de uma representatividade melhor”. E nesse aspecto, lembrou que o Movimento passou a ser uma rede intangível de pessoas e que deu passos significativos, especialmente com a aprovação da Lei da Ficha Limpa, de iniciativa popular. “E é essa a colaboração que talvez possamos dar, no sentido de dialogar, transmitir experiências, buscar a democracia em todos os níveis, e que queremos colocar à disposição do Confea”, disse.

Por sua vez, o secretário de prevenção à corrupção da CGU, Mário Spinelli, ressaltou que, se o país, por um lado é referência em termos de transparência governamental (por exemplo, com o Portal da Transparência que está classificado como uma das cinco melhores iniciativas no mundo nesse sentido), por outro lado, ainda tem um caminho enorme a percorrer.

“Eu não tenho dúvidas em dizer que o maior desafio do país é a impunidade”, afirmou Spinelli. E nesse ponto assegurou que três aspectos devem sofrer modificações: a cultura do país que tolera a questão do “rouba, mas faz”; a postura individual do brasileiro, com o famoso “jeitinho”; e o aprimoramento da legislação para que possa de fato melhorar a questão da corrupção.

*Tânia Carolina Machado
Assessoria de Comunicação do Confea