Crea-MT e Conede promovem primeira ação ” Aventura sem barreiras: Turismo social e acessibilidade”
27 de dezembro de 2011, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
A atividade turística vem sendo valorizada cada vez mais como potencial econômico capaz de gerar rendas e postos de trabalho. Neste sentido, é plausível o potencial do Estado de Mato Grosso para essa atividade, seja pela diversidade de seus biomas ou pelo expressivo acervo de bens naturais, culturais e sociais. No entanto, conforme relatório do Ministério do Turismo, o País ainda não alcançou as condições ideais, sustentáveis e inclusivas de modo a permitir o acesso de todos à experiência turística.
Mário Lúcio, Presidente do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência (CONEDE), relata a triste realidade de nosso Estado: “Nós não temos nenhum lugar em Mato Grosso em que o deficiente possa usufruir do turismo com tranquilidade, seja ele um cadeirante, deficiente visual, auditivo ou portador de outra deficiência”.
Tal situação, insere-se entre os desafios que o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso, CREA-MT, através da sua Coordenadoria de Acessibilidade vem enfrentando: “Nós estamos exercendo a nossa responsabilidade social. É interesse do CREA tornar as cidades mais acessíveis. Tínhamos um Grupo de Trabalho de Acessibilidade que hoje se tornou uma Coordenadoria e está expandindo suas ações”, lembra o presidente do Conselho, o Engenheiro Civil Tarciso Bassan.
O turismo pode apresentar-se como uma forma de promover o bem-estar social na medida em que se consiga não impedir, negar, limitar ou condicionar o acesso aos bens, equipamentos, atrativos e serviços turísticos, de modo a garantir a igualdade de direitos e condições aos cidadãos. “A nossa ideia, através da primeira ação Aventura sem barreiras, é demonstrar para toda a sociedade que a pessoa com deficiência pode fazer as atividade e tarefas que muitas vezes restringimos às pessoas sem deficiências. Nós esperamos ainda, que todos entendam que: se a pessoa com deficiência pode descer as corredeiras do Rio Claro, ela pode também trabalhar, estudar e conquistar espaço na meio social”, declarou Givaldo Dias Campos – coordenador de Acessibilidade do CREA de Mato Grosso.
Já do ponto de vista do Turismo Social, a acessibilidade pode ser um bom negócio, pois além de beneficiar a pessoa com deficiência, pode também trazer retorno financeiro aos empresários. O presidente do Conede lembra que “as pessoas com deficiência também merecem, querem e têm condições financeiras para este tipo de turismo”, comenta Mário Lúcio.
O Crea de Mato Grosso entende que acessibilidade é um caminho sem volta, neste sentido, Tarciso Bassan afirma que “em um futuro bastante próximo teremos muito mais ações buscando a inclusão e a acessibilidade para todos – não só nos centros urbanos, mas também no campo, inclusive em esportes radicais, como a experiência de hoje”.
O evento contou com a presença do presidente do Crea-MS, Jary de Castro, que também coordena o Grupo de Trabalho de Acessibilidade do Colégio de Presidentes do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – Confea. A realização é de responsabilidade do Crea-MT, com iniciativa da coordenadoria de Acessibilidade em parceria com o Conselho Estadual de Pessoa com Deficiência (Conede) e apoio da Fraternidade Cristã de Doentes e Deficientes (FCD) e do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso.
*Gilson Costta
Gecom/Crea-MT