Perícia esclarecerá se obra foi superfaturada
23 de fevereiro de 2012, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
Teve início nessa quinta-feira, 23 de fevereiro, a perícia na obra de reforma do prédio da Câmara de Vereadores de Cuiabá. O serviço será realizado pelo Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias da Engenharia (Ibape-MT) a pedido do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o vereador Edivá Alves e intermediado pelo Crea Mato Grosso.
Segundo Edivá, a reforma da Câmara foi realizada entre os anos de 2009 e 2010 e teve os serviços orçados inicialmente em R$ 3,5 milhões, mas custaram R$ 2,9 milhões aos cofres públicos. Após o Tribunal de Contas do Estado (TCE) ter reprovado as cotas do ex-presidente do Legislativo e apontado superfaturamento na reforma de até 1.000% em alguns itens, a CPI foi instaurada e vem tentando apurar a denúncia. “O trabalho esclarecerá se houve ou não superfaturamento com um parecer tecnico especializado”, afirma Edivá.
O presidente do Crea Mato Grosso, Juares Silveira Samaniego, informa que a perícia será feita pelo prazo de aproximadamente 15 dias, quando serão avaliados orçamento, projeto e execução da obra. “Nesse primeiro momento tivemos acesso a toda documentação que servirá para a equipe técnica avaliar e comparar com a visita in loco, para então saber se houve superfaturamento ou não nas obras da Câmara”.
Já para o coordenador de acessibilidade do Crea-MT, Givaldo Dias Campos, a perícia também será oportuna para verificar se a FPI solicitada na gestão do ex-presidente da Câmara, Deucimar Silva, em 2009, onde forma apontados todos os itens necessários para tornar a sede do Legilativo municipal acessível foram atendidos.
Além da perícia, a CPI deverá também ouvir Deucimar Silva, um engenheiro da Secretaria Municipal de Habitação que teve a responsabilidade de fazer as medições para pagamento do serviço, além da empresa que executou o serviço.
A obra de reforma já levou o TCE a reprovar o balanço da gestão passada e condenar o ex-presidente da Câmara a devolver R$ 1,1 milhão aos cofres públicos. E, levou o presidente da CPI, a procurar o Crea e solicitar a perícia.
Contemplam a equipe técnica o próprio presidente do Crea-MT, engenheiro civil Juares Samaniego, os engenheiros José Francisco Barbosa Ortiz, presidente do Ibape-MT; Archimedes Pereira Lima Neto, André Schuring, Marciane Prevedello Curvo, além do engenheiro sanitarista Jesse Rodrigues, do engenheiro eletricista Marcos Vinícius Santiago e do técnico em Edificações Givaldo Dias Campos.
*Rafaela Maximiano
GEcom/Crea-MT