FPI é impedida de fiscalizar Hospital Santa Casa

8 de março de 2012, às 17h38 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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Na tarde desta quinta-feira, dia 8 de março, os Conselhos Profissionais que compõem a Fiscalização Preventiva Integrada – FPI, foram impedidos de realizar a sua função no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá pelo dirigente Luiz Felipe Saboia Ribeiro Filho.

Na oportunidade, o presidente do hospital apresentou uma liminar impeditiva alegando possuir o hospital atividade fim médica, e por isso somente o Conselho Regional de Medicina poderia ter acesso a documentos.

Durante discussão inflamada, membros da FPI tentaram argumentar que o trabalho da força-tarefa tem caráter preventivo e orientativo, com o objetivo de fiscalizar o exercício profissional. “A nossa função está sendo distorcida. Não estamos em missão de realizar fiscalização estrutural, como estaria supondo Saboia. Apenas queremos exercer a nossa prerrogativa e para isso precisamos ter acesso aos registros de escala de plantão e lista de demais profissionais que prestam serviço no hospital”, explicou Adriano Furtado, fiscal do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia.

Reunidos no Crea-MT, os representantes do Conselho Regional de Enfermagem, Conselho Regional de Serviço Social e do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, a FPI foi orientada pelo presidente do Crea, Juares Samaniego, a consultar as assessoria jurídica de seus órgãos a fim de verificar um meio de derrubar a liminar mencionada pelo presidente do hospital. “Entendemos que em um hospital não existam apenas atividades médicas. Existem equipamentos e outras profissõs que precisam ser fiscalizadas. Trata-se de uma atividade complexa.”, enfatizou Juares.

Como primeira providência, o coordenador da FPI, Reynaldo de Magalhães Passos, recorreu ao Ministério Público que ainda esta semana trará resposta a esse “cerceamento de atribuições”, como disseram os membros da FPI.

*Josemara Zago
Gecom/ Crea-MT