É preciso solucionar o problema do campo

21 de agosto de 2012, às 15h12 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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Temos acompanhado com apreensão a crise que se abateu na Agricultura. Mato Grosso, por ser um Estado de potencial agrícola indiscutível, tendo no campo sua base econômica, sofre as maiores conseqüências dessa situação que precisa e deve ser equacionada da melhor maneira possível.

Não são poucos os problemas. Queda de preços, febre aviária, dólar em baixa, estiagens, juros elevados, estradas esburacadas, febre aftosa, insumos caríssimos, tributação intolerável, protecionismo internacional, invasões de propriedades. Sem contar que o governo federal teima em manter uma política agrícola que não valoriza aqueles que mais deveria receber atenção, ou seja, os nossos produtores rurais.

Tudo isso contribui para que a maior riqueza do Brasil, a Agricultura, passe a viver uma situação pouco imaginada. O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso, não deixa de se preocupar com o problema. Porém, acreditamos que uma solução está por vir. Afinal de contas, não se pode deixar de dar atenção àquilo que de mais rico nós tempos, que é a produção agrícola, responsável por colocar o Estado em lugar de destaque em nível nacional e de ter um significativo peso para a formação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Também temos acompanhado os analistas e concordamos que hoje os agricultores brasileiros vivem uma verdadeira deterioração da renda. Isso tem levado a protestos como o “Grito do Ipiranga”, que também apoiamos. Só a elevação do preço dos insumos responde por uma expressiva perda de lucratividade. A situação das estradas eleva os custos de frete e os preços mínimos praticados no setor são incompatíveis com os gastos para manter a produção agrícola.

A asfixia da Agricultura brasileira é preocupante. Mas, como acontece em outros setores, como são os casos da Engenharia e Arquitetura, nos quais estamos diretamente ligados, são necessárias mudanças. A infra-estrutura deteriora a cada dia. Os tributos agravam os altos preços dos insumos importados, especialmente fertilizantes, defensivos agrícolas e óleo combustível.

Rever a tributação é uma necessidade não somente para salvar a agricultura como também para incentivar os demais setores produtivos como é o caso da Construção Civil. O péssimo exemplo vem do campo e esperamos nós que não perdure. Temos convicção de que a crise será debelada e logo o campo retomará o caminho do crescimento.

O Brasil precisa manter seus índices de desenvolvimento e sem o setor agrícola isso é praticamente impossível. Nós, como representante de classe, temos essa convicção e, acima de tudo, confiança em nosso Brasil.

Eng. Civil Tarciso Bassan