Manutenção preventiva em prédios públicos e privados

O recente incêndio que danificou seriamente quatro laboratórios da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), no campus Cuiabá, trouxe à tona a importância da manutenção preventiva tanto para prédios públicos quanto particulares.

Em entrevista no final da manhã dessa sexta-feira, 21 de junho, o conselheiro do Crea-MT, pela Associação Brasileira de Engenheiros Civis – seção Mato Grosso (Abenc-MT), André Luiz Schuring, falou sobre a importância da manutenção preventiva para se evitar tragédias. "Aos prédios públicos como secretarias, repartições, universidades e escolas por exemplo, cabe ao gestor público a responsabilidade de fazer solicitar a manutenção do prédio e o Ministério Público pode solicitar a Fiscalização Preventiva Integrada – FPI, para realizar uma vistoria através de uma equipe multidisciplinar que pode apontar riscos e problemas", explicou Shuring.

Quanto aos prédios particulares ficou claro que é obrigação dos proprietários e síndicos contratarem uma empresa ou profissionais registrados no Crea-MT para realizar um laudo pericial que avaliará a saúde do prédio e diagnosticará os reparos necessários. "Vale lembrar que o importante é segurança das pessoas que trabalham ou residem em prédios e a manutenção preventiva é a única saída", destacou.

Schuring também lembrou que foi aprovada em Cuiabá em outrubro do ano passado, a lei municipal 5.587, que torna obrigatória Inspeção Prévia e Periódica de Edificações para verificar estabilidade, segurança construtiva e manutenção de toda edificação com quatro pavimentos na capital. "No caso de prédios novos a vistoria é obrigatória a cada cinco anos, para edificações mais de 50 anos anulamente, a cada dois anos para prédios entre 31 e 50 anos  e, a cada três anos para edificações entre 21 e 30 anos.Também estão previstas multas diárias de cem reais até cem mil reais e responsabilidades e civil e conseqüêntemente criminal caso existam vítimas de acidentes decorrentes de tragédias por falta de manutenção", avisa.

Confira a entrevista na íntegra.