Confira um resumo dos dois primeiros dias da 75ª Soea
24 de agosto de 2018, às 16h18 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
Uma semana de muitas reuniões, palestras e mini-cursos para os 84 membros da delegação mato-grossense e 3,203 mil profissionais e estudantes inscritos. Ao todo, foram cinco dias, com pelo menos 29 atividades técnicas diferentes por dia além da ExpoSoeaa, totalizando uma programação com 75 painéis, isso sem contar os convidados e as atividades culturais.
1º Dia – A abertura da 75ª Soea reuniu no teatro Gustavo Leite diversas autoridades e profissionais nesse que é o maior congresso da tecnológica do Brasil. A cerimônia teve início com a apresentação das bandeiras dos estados brasileiros e a entrega de certificados de serviços relevantes para a nação a conselheiros federais. Um dos homenageados foi o conselheiro e ex-presidente do Crea do Rio de Janeiro, José Chacon de Assis, que faleceu no dia 03 de julho deste ano.
A filha de Chacon, Clarice Chacon, recebeu a homenagem e fez um depoimento emocionado. “Nós família achamos muito importante estarmos aqui hoje por que ele estaria aqui hoje. E, esta é uma sensação estranhíssima. Eu gostaria muito de registrar a importância que o Conselho e o sistema tiveram para a vida do meu pai e também a contribuição, que para mim é cristalina que ele deu para o Sistema Confea/Crea”, disse Clarisse Chacon.
A noite também ganhou as cores do folclore alagoano que retratou os folguedos natalinos e, o guerreiro. Foram entregues ainda as monções honrosas, as homenagens nos inscritos no livro do mérito de 2018 e a medalha do mérito 2018, considerada a maior honraria da engenharia nacional.
Por fim foi aberta a ExpoSoea com muita música e animação para marcar um evento tão especial.
2² Dia – A delegação mato-grossense acompanhou cada momento da 75ª Soea e ExpoSoeaa. No segundo dia, o teatro Gustavo Leite ficou lotado para a palestra do filósofo Clóvis de Barros Filho. Com uma performance dramática e impactante ele falou sobre moral, ética, confiança e felicidade. “Quem assistiu a palestra se sentiu responsável, participante do que ele chamou de hecatombe da moral da nossa sociedade”, lembrou o presidente do Crea-MT, João Pedro Valente.
“Espero que você tenha percebido que esta sociedade que você imaginou está muito distante da nossa e talvez esteja mais distante do que nunca. Sim por que a consciência moral de cada um de nós já foi infinitamente mais competente e rica do que é hoje. É o que os acadêmicos denominam de erosão do paradigma da imoralidade ou se você preferir a hecatombe da moral o fracasso da moral”, definiu o palestrante.
O filósofo também puxou a orelha dos pais, na responsabilidade de educar crianças e lembrou que todos precisam usar a inteligência e o discernimento para escolher entre a transparência e o sigilo. “A lógica tosca do supermercado que diz a ameaçadora frase ‘sorria você está sendo filmado’ foi trazida para dentro da sala de aula. Pela incompetência assumida por todos nós em não querer educar as nossas crianças, para que possam na liberdade do seu discernimento agir de maneira digna mesmo que não haja ninguém fiscalizando. E, assim vamos reproduzindo de cada vez mais sofisticada do ponto de vista técnico a nossa desmoralização da vida aonde a sociedade da desconfiança vai ganhando corpo dia-a-dia”.
À tarde foi destaque a palestra “Indústria 4.0” a transformação digital e as engenharias. O palestrante foi o eng. Civil Eduardo Ceton, professor da Universidade Federal de Alagoas. “Trata-se da quarta revolução industrial, que é fruto do grande desenvolvimento de tecnologias diferentes. A exemplo a impressão 3D, a internet das coisas e cidades inteligentes, dispositivos que nos monitoram o tempo todo, as cidades sendo monitoradas, facilitar a nossa vida em função da tecnologia. Outra vertente é a big data, a ciência dos dados. A cada segundo é produzido muita informação e elas podem ser usadas pelos gestores para tomadas de decisões”, citou Ceton, três exemplos das dez vertentes apresentadas durante a palestra que envolve a indústria 4.0 e suas aplicações na engenharia.
Questionado à respeito se o Brasil tem conseguido formar engenheiros para atender à essa revolução tecnológica, o professor enfático ao dizer as profissões estão sendo constantemente reprogramadas e cada um de nós precisamos nos reprogramar para nos adaptarmos às transformações que as profissões vêm sofrendo.
*Equipe de Comunicação do Crea-MT