6º Encontro de Lideranças do Sistema Confea/Crea reúne 500 participantes
21 de fevereiro de 2011, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 5 minutos
Presente na abertura do 6º Encontro de Lideranças do Sistema Confea/Crea, realizada na manhã de hoje, em Brasília, o ministro Garibaldi Alves Filho lembrou da “importância da infraestrututra para o desenvolvimento, em função dos impactos econômicos e redução de gargalos que gera”. Ele agradeceu “pelo convite à Previdência Social para participar de um evento que pretende discutir temas importantes que o Brasil deixe de ser um país do futuro para ser o país do presente”.
Ao atribuir a redução das desigualdades sociais registrada nos últimos sete anos – de 44,5% em 2002 para 29,2% em 2009 – a programas do governo em especial o de Aceleração do Crescimento, o ministro defendeu que a Previdência Social seja vista sob uma nova ótica, comemorou “o pequeno mas real” superávit do setor nos últimos meses de 2010″, e explicou que a “informalidade no mercado de trabalho é um dos fatores que prejudica a Previdência”. Disse ainda que”para cada pessoa ativa existem três inativas” e salientou que o déficit da Previdência está hoje em torno de R$ 42 bi.
Para Garibaldi, que assumiu a pasta há pouco mais de dois meses, entre os desafios da pasta estão a melhoraria da qualidade dos serviços prestados à população: “Estamos ampliando a rede do INSS em cidades com mais de 20 mil habitantes”, anunciou, e disse que mais 720 unidades estão previstas e serão concretizadas “se conseguirmos controlar o corte orçamentário”.
Sobre o combate à fraudes na Previdência, para Garibaldi “há mais retórica e pouca efetivação”.
Formação e expectativas
Antes do ministro, o vice-presidente do Confea, Pedro Lopes de Queiroz, mostrou o trabalho de parceria entre Confea e o Inep – Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa – presidido por Malvina Tutsman – presente à cerimônia, que resultou na elaboração de um compêndio que sob o título “Trajetória na Formação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos”, traz em três discos compactos dados estatísticos até 2008.
Malvina, por sua vez, disse que “não se pode pensar somente na qualidade da formação técnica”. Para ela, “é necessária uma formação humanista para dar as respostas sociais que o país precisa”.
Recém chegado da conferência que a ONU realiza anualmente sobre o Desenvolvimento Social e Econômico, Ronaldo Mota, do Ministério da Ciência e da Tecnologia, destacou as “expectativas que o mundo tem em relação ao Brasil que pode chegar à 5ª posição entre as economias mundiais até 2025”. Mas lembrou que “é preciso buscar o desenvolvimento sustentável, reconhecer nossas limitações e dar qualidade à formação profissional”.
Para ele, eventos como o Encontro de Lideranças “unem empreendedorismo, criatividade e precisam da disciplina de uma organização como a do porte do Sistema Confea/Crea”.
Lideranças Internacionais
Além das lideranças nacionais, o Encontro atraiu a participação de delegações de engenheiros, arquitetos e agrônomos de Portugal, Cuba, Costa Rica, Uruguai e Bolívia.
Na mesa de abertura dos trabalhos do 6º Encontro de Lideranças, tiveram lugar o embaixador do Irã no Brasil, Mohse Shaterzadech – que falou do país que com 7 mil anos de história tem previsto o investimento de 3.600 US$ bi na economia e geração de energia iranianas até 2025 -. O presidente do Conselho Mundial de Engenheiros, Emílio Colon e o da Ordem dos Engenheiros de Portugal, Carlos Matias, também prestigiam o evento.
Conhecimento e evolução
Para o presidente do Confea, Marcos Túlio de Melo, que encerrou a cerimônia de abertura do 6º Encontro de Lideranças, o evento tem um objetivo muito claro”: “Alinhar as organizações que compõem o Sistema Confea/Crea para definir as prioridades para 2011 e concretizar as ações do Planejamento Estratégico de 2011 a 2022, que inclui as propostas resultantes do 7º Congresso Nacional de Profissionais”, realizado ano passado e que reuniu 50 mil participantes em 500 eventos realizados por todo o país.
Ao defender o planejamento, Túlio de Melo disse querer “evitar frustrações como outras já ocorridas na história do país” e elencou mais uma vez os cinco eixos que baseiam o trabalho desenvolvido nos últimos anos: a formação profissional, o exercício e a ética profissional, a integração profissional e social e a inserção internacional.
Túlio de Melo destacou as expectativas de crescimento e a falta de profissionais habilitados para atender as exigências do país. Ele defendeu não só mais qualidade na formação, como o resgate de profissionais que se formam na área tecnológica mas atuam em outras áreas. Segundo ele, de cada sete egressos dos cursos de engenharia, apenas dois atuam.
Outra proposta de Túlio de Melo é defender o aumento do número de bolsas tanto da Capes e CNPq, como forma de incentivar os profissionais do país.
Ao falar sobre a grande quantidade de empresas e profissionais estrangeiros interessados em trabalhar no Brasil, Túlio de Melo disse que “o Sistema defende que as vagas no mercado de trabalho sejam preenchidas por brasileiros”, mas destacou que “não se pode fechar as portas do país para a inteligência estrangeira”. Para ele “temos boas competências que precisam ser valorizadas”.
O presidente do Confea afirmou que “o desafio é agregar conhecimento para evoluir”.
Reconhecimento
A cerimônia de abertura do Encontro foi encerrada com a entrega dos certificados para os que comandaram as Coordenadorias Nacionais de Câmaras Especializadas do Sistema:
– Leandro Sabbadini, Arquitetura; José Geraldo Brandão, Engenharia Industrial; José Vivaldo Mendonça Filho, Agronomia; Walter Gonçalves F. Filho, Agrimensura; Julíbio Ardigo, Engenharia Elétrica; Paulo Antonio Constantino, Química; Maurício Nosé, Geologia e Minas; Hadold Sadalla , Engenharia de Segurança de Trabalho e Edmar Andrade, Ética.
*Maria Helena de Carvalho
Assessoria de Comunicação do Confea
Crédito das fotos: Marck e San Rogê