Unicamp Produz Tecnologia para Biodiesel mais “Verde”

3 de julho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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Unicamp Produz Tecnologia para Biodiesel mais “Verde”

Campinas, 3 de julho de 2007

O novo processo desenvolvido pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a partir do trabalho do pesquisador Antonio José da Silva Maciel, ao lado de uma equipe de colaboradores, permite que o tóxico metanol, por exemplo, não seja mais usado no processo de fabricação do biodiesel.

Apesar de ser vendido como um combustível “verde”, na prática quase todo o processo de produção de biodiesel hoje no Brasil usa até 25% de metanol bruto para cada litro produzido na usina. Além de tóxica, a substância é derivada de gás natural, um combustível fóssil. Com essa versatilidade, o produtor poderá escolher qual substância será agregada à matéria-prima, soja, por exemplo, dentro do catalisador, uma das máquinas da usina. Tanto o álcool quanto o metanol ajudam na quebra da gordura animal ou do óleo vegetal, que resulta no biodiesel e em outros produtos, como a glicerina.

“A tecnologia nacional”, informa o cientista, “já foi licenciada, sem nenhum tipo de exclusividade, para duas empresas em Mato Grosso”. Investimento pesado em tecnologia também é a saída para o Brasil não perder o passo, segundo outro pesquisador entusiasmado com biodiesel brasileiro, Miguel Dabdoub, da USP.

Nas contas dele, metade do metanol usado na produção do biodiesel pode ser perfeitamente recuperado, dentro do que ele chama de ciclo fechado. O problema, segundo Dabdoub, é que, na prática, muitas usinas no Brasil estão partindo para a improvisação.

Fonte: Folha Online