Três usinas comercializam álcool

29 de março de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

Compartilhar esta notícia

O superintendente do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado (Sindálcool), Jorge dos Santos, explica que das 11 usinas em atividade no Estado três mantêm o fornecimento do álcool hidratado sem qualquer alteração. “as vendas estão normais nestas unidades”. Santos explica ainda que não há risco de desabastecimento por dois fatores lógicos: “O primeiro é que dos 750 milhões de litros produzidos {2006}, somente 12% são consumidos no Estado. O segundo fator é que já temos uma usina operando a safra 2007. Na próxima segunda-feira, dia 2, a maior usina do mundo, a Itamarati, inicia a moagem 2007 e nos próximos 15 dias, todas as 11 unidades encerram a entressafra”, exclama. A expectativa para 2007 é produzir 850 milhões de litros de álcool, contra 750 milhões contabilizados no ano passado.

Para Santos, há algum outro problema mercadológico que esteja afetando o abastecimento do mercado. “Álcool não está faltando e não vai faltar, mesmo porque as usinas que têm o produto querem mais é vender o estoque ‘velho’ para dar lugar à nova produção. Não há sentido nas declarações”, garante.

Ele diz ainda que a falta do produto está descartada, “mesmo porque o segmento assumiu o compromisso com o governo federal de que haveria produto para atravessar a entressafra e sem que houvesse majoração dos preços”. O litro na usina sai cotado a pouco mais de R$ 0,70 (sem incidência de impostos), estando 20% abaixo dos valores adotados no mesmo período do ano passado, durante a entressafra da cana.

Outro argumento do Sindálcool é de que a pesquisa semanal do Instituto Euvaldo Lodi (IEL/Cepea), do dia 19 a 23 deste mês, revela que o mercado operou normalmente, “ou seja, houve compra e venda. Então, produto não falta”, exclama Santos.

Para o superintendente, o que pode estar havendo é uma ou outra dificuldade de negociação, entre usina e distribuidora. “A maior parte das distribuidoras compra o produto fora de Mato Grosso, optando pelo Mato Grosso do Sul. Como não há compra habitual delas durante o ano, o que pode acontecer é de haver uma demanda atípica durante a entressafra e as usinas, com contratos com outras empresas, priorizam a venda e a entrega para quem já é freguês, o que é uma praxe de mercado em qualquer segmento”.

Fonte:Diário de Cuiabá