Senado dos EUA aprova nova lei de energia

22 de junho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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O Senado dos Estados Unidos aprovou na noite desta quinta-feira (21) um projeto de lei de energia, que exige elevar a eficiência média do combustível dos veículos em 10 milhas (cerca de 16 km) por galão (3,785 litros) –ou seja, de 40,2 km atualmente para 56,3 km– nos próximos dez anos.

“Este projeto coloca os EUA no caminho da redução da dependência de petróleo ao aumentar o uso de combustíveis renováveis”, disse o líder da maioria democrata, Harry Reid. “Estamos poupando o dinheiro dos consumidores, protegendo os mesmos dos preços abusivos, criando novos empregos e tornando nosso país mais seguro, ao mesmo tempo que damos passos para reduzir o aquecimento global”, acrescentou.

A lei agora passará à Câmara dos Representantes (deputados).

A minoria republicana conseguiu bloquear uma emenda que pretendia elevar os impostos sobre os lucros das companhias de petróleo para estimular o desenvolvimento de fontes de combustível alternativas, sob a alegação de que tal medida elevaria ainda mais os preços da gasolina.

Álcool

Ontem, o Senado rejeitou a proposta de eliminar a tarifa de importação sobre o álcool no país –o que prejudica as exportações brasileiras do produto. A proposta de eliminar a tarifa foi defendida pelo senador pelo Estado de New Hampshire, Judd Gregg. Segundo ele, comprar álcool do Brasil ‘faz muito mais sentido em termos geopolíticos’.

‘O simples fato é que eu preferiria comprar álcool do Brasil a petróleo da Venezuela’, diz Gregg. ‘É uma energia mais limpa, é uma forma melhor de energia e é uma política nacional que deveríamos adotar, ao invés de endossar o atual governo venezuelano ao comprar petróleo de lá.’

O senador republicano Charles Grassley (Indiana), no entanto, diz que o álcool comprado do Brasil já entra nos EUA livre de tarifas através dos países do Caribe. “Além disso, o governo brasileiro intervém extensivamente no preço e na oferta do álcool no país”, acrescentou.

O governo americano estabeleceu em 1980 uma tarifa sobre o álcool importado de US$ 0,54 por galão (3,785 litros). A Embaixada do Brasil em Washington avaliou, no relatório ‘Barreiras a produtos brasileiros no mercado dos Estados Unidos’, divulgado no mês passado, que ‘o álcool brasileiro enfrenta dificuldades para entrar no mercado americano há mais de 20 anos, devido a medidas protecionistas e subsídios à produção doméstica nos EUA’.

Em sua visita ao Brasil em março, o presidente dos EUA, George W. Bush, não cedeu aos apelos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para derrubar a tarifa. “Isso não vai acontecer [reduzir a tarifa]. Ela permanecerá até 2009 e depois disso o Congresso dará um jeito.”

Fonte:Olhar Direto