Secretaria de Cultura dá início a processo de tombamento do bairro Porto

19 de julho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

Compartilhar esta notícia

A Coordenação de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural da Secretaria de Estado de Cultura (SEC-MT) publicou nesta semana, na Imprensa Oficial, o edital de nº 11/CHPC/SEC/2007, que notifica os proprietários, representantes e demais interessados da região do Porto para o tombamento do ‘Conjunto Arquitetônico do Antigo Distrito D. Pedro II – Porto’, em Cuiabá.

Os notificados das áreas onde se localizam os bens culturais de natureza material, natural, histórico e paisagístico a serem tombados, têm um prazo de 15 dias, a partir da data de publicação, para se manifestar. O tombamento visa a preservação e proteção do valor histórico, arquitetônico e paisagístico do antigo Distrito do Porto que passará a ser tutelado pela proteção especial do Poder Público Estadual, por meio da SEC-MT.

O tombamento preservará uma área de aproximadamente 16.720 metros quadrados dos lados direito e o esquerdo da Rua 13 de Junho com a Rua Mário Corrêa até à altura do cruzamento com a Rua Feliciano Galdino e o Beco do Ferrinho, tendo como ruas que cruzam a Rua Comandante Suíço, a Travessa da Marinha e a Rua general Osório, com as edificações presentes nas citadas ruas, vias, becos e travessas públicas.

Também deverá ser protegida uma área ao entorno, de aproximadamente 28.280 metros quadrados, delimitada pela Avenida XV de Novembro com a Rua Senador Metelo até o cruzamento com a Rua 13 de Junho e o restante das Ruas 23 de Junho e Feliciano Galdino.

“Sendo o Porto uma região tão antiga, com sua história ligada à própria constituição da cidade de Cuiabá, conhecer sua história é ter motivos sempre a mais para preservá-la. O Porto era local de chegada dos bandeirantes antes mesmo da formação do Arraial da Forquilha nos idos de 1700. O rio servia como meio de transporte e de sobrevivência e no ano de 1825, quando da expedição de Langsdorffe, existiam mais de 60 casas na beira do rio”, lembrou a historiadora da Coordenação, Maria José Couto Valle.

A historiadora contou ainda que na região moravam pessoas ilustres e pessoas simples que viviam em função do rio. “Com a intenção de preservar essa memória é que a ação de Tombamento buscará o resgate da identidade e do sentimento de pertencimento dos seus moradores”, justificou.

Fonte:Secom-MT