Reciclagem de entulho

30 de agosto de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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Os resíduos da construção civil geram preocupação em todo o mundo. Afinal, o volume desse tipo de material, em geral, representa o dobro do montante de lixo produzido em uma cidade. Belo Horizonte, por exemplo, produz 4 mil toneladas de lixo residencial e 8 mil toneladas de resíduos por dia. Diante desse cenário, o Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), tem buscado opções para reaproveitamento e reciclagem.

Visando se antecipar às cobranças exigidas por lei, o Sinduscon elaborou um manual para os associados gerirem melhor os resíduos. “De qualquer forma, precisamos de uma legislação regulamentada, bem definida e que incentive a reciclagem dos resíduos. Isso para que possamos nos nortear e saber em quais condições estamos trabalhando, bem como aqueles que pretendem investir no mercado da reciclagem do entulho”, justifica Nelson. “Atualmente, 90% do volume descartado poderia ser reaproveitado.”

Os profissionais envolvidos também precisam estar atentos e atualizados sobre o tema. A arquiteta Cláudia Júlio, assessora de saneamento do Crea-MG, defende a especialização de arquitetos para lidar com o resíduo da construção civil.

Ela explica que a reciclagem de resíduo envolve vários profissionais. Do engenheiro mecânico que lida com o maquinário ao arquiteto que trabalha com os materiais. “É preciso entender de trituração, granulação, separação. Afinal, os resíduos de azulejo, madeira, ferro, vidro e concreto são muito diferentes. As escolas de engenharia e arquitetura devem rever seus currículos para se adaptar a essa nova demanda”, avalia. “E os interessados em reciclar precisam estar atentos. Tudo indica ser um bom negócio. A maioria das cidades tem dificuldades com aterros sanitários e não tem lugar para acomodar tanto entulho.”

Fonte: Estado de Minas