Produtor deve iniciar plantio na hora certa

3 de outubro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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Embora a recomendação sobre o período correto para o início do próximo plantio de soja varie conforme cada região – sobretudo por causa das chuvas e do clima -, a orientação geral aos produtores é que comecem a programar a lavoura.

Esse planejamento, diz o pesquisador Nelson Arantes, reflete na produtividade da lavoura, à medida que possibilita começar o plantio na hora certa e, assim, “fugir” da ameaça da ferrugem asiática.

“Até outubro, além da determinação do vazio sanitário, não há chuvas em volume suficiente para garantir a germinação da planta. A recomendação é, até lá, ir se preparando. Quando o solo estiver com a umidade ideal e as chuvas garantirem uma reserva de água suficiente à germinação da lavoura, o produtor não perderá tempo”, recomenda.

Segundo o pesquisador Sérgio Suzuki, da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), a época de plantio é o principal insumo para a garantia de bons resultados, principalmente por causa da ferrugem. Ele explica que, antes da ferrugem, a janela de plantio (período ótimo de plantio) ia da segunda quinzena de outubro até o início de dezembro. Com a doença, essa janela se deslocou para o começo de outubro até 10 de novembro. “A ferrugem reduziu a janela de plantio em um mês, daí a necessidade de o sojicultor ficar mais atento ainda”.

Arantes diz que, desde que o clima permita, o produtor deve iniciar o plantio o mais cedo possível. “Os primeiros plantios encontram menos esporos (sementes que carregam o fungo causador da doença) no ambiente e, portanto, ficam menos suscetíveis à pressão do inóculo. É como a lógica do vazio sanitário: quanto menos plantas no campo, menor o risco de a doença multiplicar”, diz o pesquisador, lembrando que o plantio tardio encontra mais esporos no campo, o que torna o controle mais difícil e mais caro. “Se houver atraso de plantio, não basta ter os melhores insumos, é dinheiro jogado fora”. (MM)

Fonte:Diário de Cuiabá