Perda no ano é de R$ 340 milhões em MT

21 de junho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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As exportações de Mato Grosso nos primeiros cinco meses deste ano já acumulam perdas de R$ 340 milhões por conta da variação cambial de 8,76%. Enquanto o dólar era cotado a R$ 2,17 no mês de maio de 2006, chegou a R$ 1,98 no quinto mês deste ano. Essa perda aparece nas vendas externas do Estado que subiram apenas 8,83% no período, saindo de US$ 1,751 bilhão em 2006 para US$ 1,906 bilhão este ano, na comparação entre janeiro e maio dos dois períodos. A expectativa da Federação das Indústrias no Estado (Fiemt), segundo seu vice-presidente, Jandir Milan, é que 2007 feche com 15% de incremento nas exportações em relação ao ano anterior. De 2005 para 2006 ao aumento foi de apenas 4%.

Milan aponta como positivos os 8,83% de crescimento nas exportações, lembrando que até março de 2007 os índices estavam negativos em 10%. Só em abril passou a ser positivo, com tímidos 2,08%. O complexo soja continua sendo o carro-chefe das vendas externas, apesar de apresentar queda de 2,68%. A redução em comparação ao ano passado se refere ao grão, porque farelo, óleo e lecitina tiveram aumento. Em contrapartida, o aumento nas exportações de carne, milho ajudaram a manter a balança positiva.

Segundo o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, essa queda nas vendas de soja devem ser reflexo de problemas de embarque ocorridos no Porto de Paranaguá, com impedimentos judiciais de soja transgênica. Mas Prado destaca que a previsão é de aumento das exportações de soja este ano, principalmente porque o preço internacional está bom. Em 2006, a tonelada era comercializada a US$ 200. Este ano está em US$ 280.

Já as exportações de milho subiram quase 200%. Para o vice-presidente da Famato o número é “fantástico” e reflete a reação do mercado sobre o anúncio do presidente dos Estados Unidos, George Bush, de que o país adicionará álcool produzido pelo milho na gasolina, abrindo o mercado internacional para a produção de outros países. Além disso, o preço do milho, que historicamente não era favorável à exportação, saiu de US$ 2,80 o bushel para US$ 4.

Fonte:Gazeta Digital