Paralisação temporária da usina não impõe riscos a MT

19 de junho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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Uma importante fonte do sistema elétrico nacional e a Centrais Elétricas Mato-grossenses S/A, confirmaram ontem que a paralisação temporária da geração da usina termoelétrica de Cuiabá, a Mário Covas, não traz riscos de apagões ao Estado neste momento, já que há disponibilidade de energia para suprir a ausência da planta e que as curvas dos níveis dos reservatórios hídricos permanecem acima da média, “o que garante esta certeza”, disse a fonte. A usina parada desde o último sábado não tem previsão de retorno, já que os despachos de gás natural feitos pela Bolívia continuam abaixo do mínimo necessário à operação.

Ontem, o diretor de Assuntos Regulatórios da Empresa Produtora de Energia (EPE) – operadora da planta -, Fábio Garcia, disse que a situação permanecia inalterada, ou seja, a Bolívia mantém o envio de cerca de 600 mil metros cúbicos (m³), quantidade inferior aos 700 mil requeridos para a geração de 135 megaWatts (mW), potência mínima de uma capacidade de 480 mW. Por questões contratuais, Garcia disse apenas que desativação traz prejuízos à receita da térmica, mas não citou cifras.

Apesar das incertezas, uma fonte do mercado energético explicou que a ausência da planta está sendo suprida pela energia disponível no Sistema Interligado Nacional (SIN), são cerca de 300 mW necessários ao Estado. “Volume suprido sem qualquer problema e que não gera sobrecargas à subestação do Coxipó”. A fonte disse que todas as medidas padrão para ampliar a segurança, principalmente em horários de picos estão sendo tomadas, “com o propósito de evitar uma sobrecarga que resulte na saída do sistema, o que geraria os apagãos”.

Com relação à demanda do Operador Nacional do Sistema (ONS) por 480 mW da térmica de Cuiabá, a fonte explica que o volume nada tem haver com redução das reservas hídricas e sim com o Custo Marginal de Operação, ou seja, gera-se mais da térmica porque o custo energia está abaixo do que vigora no sistema.

HISTÓRICO – Desde a última sexta-feira, a estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), reduziu em mais 45% o volume de gás a Mato Grosso. De um volume contratado de 2,2 milhões/m³ – suficientes para 480 mW – o despacho caiu a 600 mil. Com relação às negociações com o governo boliviano, Garcia confirma que há um novo encontro esta semana, mas ainda sem data definida. (MP).

Fonte:Diário de Cuiabá