Ministério ressalta importância na fiscalização zoosanitária em MT

14 de agosto de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) se pronunciou sobre o abate de 142 cabeças de gado em Vila Bela da Santíssima Trindade, na fronteira do Brasil com a Bolívia. O Mapa ressaltou que o abatimento foi exclusivamente por causa de normas internacionais zoosanitárias que prevêem esse tipo de ação. “Em conformidade com as normativas brasileiras referentes ao ingresso ilegal no país de animais suscetíveis à febre aftosa, ponderada a condição sanitária atual do país de origem e a necessidade de uma solução rápida para o caso, foi feita a opção pelo sacrifício e destruição dos animais na propriedade onde localizados”. A nota oficial informa ainda que, após exames preliminares, não foram encontrados quaisquer focos de doença no rebanho.

Paulo Bilego, vice-superintendente do Mapa, falou à reportagem sobre a operação. Segundo ele a logística para o abatimento foi grande. “Foram várias frentes de trabalho, transporte, aluguel de galpões, demanda de funcionários. É importante ressaltar que esse é um trabalho de vigilância do Estado, que mostra bem os trabalhos nas fronteiras”. Bilego, no entanto, ressalta que mesmo com essa movimentação toda a hipótese de aftosa nunca foi citada por ninguém. “Nem funcionários, nem técnicos, muito menos a comunidade sequer ventilou essa hipótese”, disse Bilego sobre boatos de que o gado teria sido abatido devido a um foco da doença na região.

O Mapa considera que as estruturas resposáveis pelo controle da situação sanitária animal na Bolívia estão fragilizadas e que o país não tem condição de conduzir com segurança o desenvolvimento de ações de vacinação e controle efetivo do transito de animais, por isso a vigilância nas fronteiras é intensa. “O que deve ser destacado nessa história toda é que o abatimento é um trabalho de vigilância do Governo e que visa proteger o rebanho nacional”, afirma Bilego.

Na última quarta-feira (8), o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), em parceria o Mapa e a Polícia Federal, fez o abatimento de 142 cabeças degado que atravessaram a fronteira na cidade Vila Bela da Santissíma Trindade (500 km de Cuiabá). A assessoria da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) diz que houve repercussão internacional e que o preço da arroba pode sofrer alterações devido ao boato. A Famato divulgou uma nota de reprovação a notícias publicadas sobre o possível foco de febre aftosa.

Fonte:TVCA