Governo amplia vacina, mas nega risco de febre amarela urbana

9 de janeiro de 2008, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

Compartilhar esta notícia

O Ministério da Saúde anunciou uma intensificação na vacinação contra febre amarela em Goiás e no Distrito Federal, mas o secretário de Vigilância em Saúde, Gerson Penna afirmou que o risco de a doença reaparecer em áreas urbanas está descartado.

Segundo Penna, desde 1942 não há registro de febre amarela urbana no Brasil. Todos os casos registrados atualmente são de pessoas que contraíram a doença ao entrar nas matas.

O alerta para a doença foi dados após a morte de macacos no Distrito Federal, aparentemente da doença. O laudo final sobre a causa da morte dos primatas é aguardado para dentro de nove dias. Mais recentemente um macaco também morreu, com suspeita de febre amarela, em Minas Gerais.

De acordo com Penna, o Ministério da Saúde está intensificando a vacinação em regiões endêmicas, pois no verão há uma maior circulação de mosquitos, somada ao fato de mortes de macacos próximos a áreas urbanas.

O Ministério da Saúde deslocou 300 mil doses de vacina de seu estoque estratégico para o Centro-Oeste. “Precisa vacinar quem vai por turismo ou a trabalho para áreas endêmicas, principalmente aqueles que vão entrar nas matas”, afirmou ele.

No Brasil a vacina é gratuita e sua proteção dura por 10 anos.

Brasília registrou três suspeitas de febre amarela depois do alerta dado na última semana de 2007, quando macacos morreram na cidade. O caso onde há mais convicção de contaminação é o do paciente Graco Carvalho Abubakir, de 38 anos. Ele ingressou no hospital sexta-feira, apresentando dores no corpo e de cabeça, diarréia e náuseas – sintomas da infecção. Morador do Lago Norte, Abubakir não é vacinado contra a doença.

Entre os dias 29 de dezembro e 1º de janeiro, ele fez passeios em cachoeiras de Pirenópolis, cidade a 150 quilômetros de Brasília. Nos dois casos restantes, a hipótese de infecção é mais remota.

São consideradas áreas de risco para a febre amarela no Brasil as regiões Norte e Centro-Oeste, além dos Estados de Maranhão e Minas Gerais. Nessas partes do Brasil, o vírus da doença mantém-se circulando.

São consideradas áreas de transição para a doença as regiões oeste dos Estados de Piauí, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Também há risco potencial no sul da Bahia e do Espírito Santo.

Fonte: Estadão Online.