Frente Parlamentar pela Engenharia: nova formação e boas perspectivas

21 de junho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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Indicadores econômicos positivos e boas perspectivas para o setor tecnológico foram destaque entre senadores, deputados, presidentes e representantes de entidades profissionais ligadas ao Sistema Confea/Crea/Mútua, além de conselheiros federais que ontem à noite no Senado Federal participaram da reinstalação da Frente Parlamentar de Engenharia, reformulada a cada nova legislatura.

Criada em 2005 pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) para promover a articulação entre Legislativo, Governo e entidades profissionais da área tecnológica, a Frente está disposta a mobilizar as categorias em um momento altamente propício, segundo a maioria de seus integrantes.

“A retomada da Frente coincide com o crescimento do país registrado nos últimos meses. Quando há reversão, colapso, a engenharia e a arquitetura perdem. As expectativas são muito boas”, avalia o senador Inácio Arruda (PCdoB/CE), um de seus integrantes.

Apesar do otimismo, Crivella está preocupado. “Temos que ter consciência política para as questões que envolvem a engenharia, a arquitetura e a agronomia. O engajamento político é fundamental, porque nem sempre somos ouvidos na medida em que queremos. É preciso que a Frente, a engenharia e outras áreas se manifestem e sejam ouvidas. Devemos ter esse alcance.”, afirmou o parlamentar fluminense.

Preocupações
Além do engajamento político, temas como uma infra-estrutura precária tem espaço garantido na agenda da Frente Parlamentar. “Há países que têm apenas o problema de manutenção, mas o Brasil tem todos os problemas, pois sua infra-estrutura ainda precisa ser construída. Devemos ajudar o governo e os estados a construir uma perspectiva de futuro”, enfatizou o presidente do Confea, Marcos Túlio de Melo.

O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), em seu discurso, abordou a burocracia para a realização de uma obra. “Hoje, é difícil fazer uma estrada, uma hidrelétrica. A burocracia impede. Os tribunais de contas suspeitam de todos e por isso está acabando a coragem, que junto com a engenharia, é fundamental para construir o futuro”.

Já o deputado Mendes Thame (PSDB-SP) falou sobre a questão de fontes de energia, um dos pontos mais delicados e que alcança a área tecnológica. “Estamos perdendo a oportunidade de transformar o país em uma plataforma de biocombustíveis por falta de medidas”, alertou o tucano, que também frisou a importância da mobilização da Frente.

“Vontade política não vem de geração espontânea. É decorrente da pressão de uma sociedade organizada. Temos terra, gente querendo trabalhar e tecnologia. Queremos uma interação com o governo para ajudá-lo a acertar. Não fazemos oposição ao país”.

Composição
Ainda não há um número fechado de parlamentares que farão parte da Frente. Na legislatura passada, havia 34 no total, 9 senadores e 25 deputados. A previsão é de que inicialmente, haja 8 senadores e 41 deputados entre os 71 ligados ao Sistema Confea/Crea.

Fonte:Confea