Expansão imobiliária valoriza profissões

6 de setembro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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O crescimento do mercado imobiliário não gera empregos somente para operários da construção civil. Os reflexos no mercado de trabalho atingem uma cadeia maior de profissionais, dentre os quais estão corretores, arquitetos e engenheiros. De olho nas vendas crescentes, um número maior de trabalhadores está se habilitando para a função de corretor. Ao mesmo tempo, houve uma evolução no número de arquitetos e engenheiros se regularizando no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE). A regularização é necessária para atuar no mercado.

Segundo Paulo Rodrigues, presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado de Pernambuco (Sindimóveis/PE), existem hoje mais turmas do curso Técnico em Transações Imobiliárias (TTI), obrigatório para quem quer ser corretor, segundo determina a Lei nº 6.530/78. Atualmente há 17 turmas em formação, com 40 alunos cada. No ano passado, existiam 10 turmas de TTI no mesmo período. “A procura pelos cursos aumentou gradativamente desde o 1º trimestre deste ano”, avalia. Hoje, calcula Rodrigues, existem cerca de 7 mil corretores de imóveis em todo o Estado.

Segundo o engenheiro civil Stênio Cuentro, superintendente do Crea-PE, existiam 11.800 profissionais regularizados no Crea em 1º de janeiro de 2006. Cerca de 80% deles são engenheiros e arquitetos. No dia 1º de janeiro deste ano, havia 13.900 trabalhadores em dia. “A atualização é necessária para exercer a profissão. Nossa expectativa é chegar a 16 mil em 1º de janeiro de 2008”. Essa projeção é feita com base na quantidade de pessoas se regularizando a cada mês. “Isso demonstra o interesse dos arquitetos e engenheiros pela profissão. Quando eles vêm se regularizar é porque há serviços para eles”.

Cuentro ressalta que grandes projetos, como o da Praia do Paiva, executado pela Construtora Norberto Odebrecht – e da Praia do Porto – do grupo espanhol Qualta – têm movimentado o mercado por causa do número de residências previstas por eles nos próximos anos. Essa movimentação de mercado também tem pressionado os salários para cima. “Os salários estão o dobro do que estavam há um ano, tanto para engenheiros quanto para arquitetos. O salário do engenheiro nível sênior, com mais de dez anos de formação e experiência, passa dos R$ 6 mil nas médias construtoras”, ressalta Cuentro.

Fonte: Jornal do Comércio