Estádio em Fortaleza necessita de reforço estrutural

7 de dezembro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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Uma comissão do Crea-CE iniciou, ontem pela manhã, uma série de vistorias em todas as dependências e estruturas do Estádio Presidente Vargas (PV), em Fortaleza, por solicitação da Secretaria Regional IV.

O Crea-CE formou três comissões. A primeira delas, integrada pelo vice-presidente da instituição, Gerardo Santos Filho, pelo membro do Sindicato dos Engenheiros, Régis Carneiro, e pelo engenheiro Mário Elízio Aguiar, responsável pela coordenação. As duas outras contarão com profissionais diferentes que analisarão as condições de acessibilidade ao PV, principalmente para deficientes, e os aspectos relacionados às instalações hidráulicas e sanitárias. O prazo estabelecido para a elaboração do laudo final é de até 30 dias.

Mário Elízio Aguiar, coordenador da comissão de vistoria técnica e estrutural, disse que qualquer conclusão mais aprofundada nesse instante é prematura, pois esse é apenas o primeiro dia de trabalho. “Ainda retornaremos mais uma ou duas vezes para concluir a vistoria. No entanto, é certo que recomendaremos à Prefeitura o reforço estrutural nas estruturas do PV”, diz Elízio. Segundo ele, o problema existente no estádio é o mesmo que existia no Castelão e afeta a maioria das praças esportivas brasileiras. “A questão é que, quando esses estádios foram construídos, o comportamento do torcedor era outro, mais estático. Com o advento das torcidas organizadas, passamos a ter um comportamento dinâmico, o que acelerou o processo de desgaste”, esclareceu o engenheiro.

Patologias
Dentre as chamadas patologias detectadas no PV, podemos destacar infiltrações generalizadas, desplacamento do fundo das lajes e ferragem exposta em alguns pilares. Além do desgaste proporcionado pelas torcidas organizadas, outros fatores que contribuem para a deterioração são o monóxido de carbono, dióxido de carbono, ácido amoníaco (xixi), assim como o cloreto que vem do mar, através do ar, e penetra nas fissuras do concreto, ocasionando a ferrugem.

O titular da Regional IV, Deodato Ramalho, além de convocar o Crea, constituiu uma comissão da Prefeitura, composta por três engenheiros, para realizar também uma inspeção técnica, que terá como um dos objetivos definir a capacidade de público do PV. “Resolvemos chamar o Crea após a reportagem do Diário do Nordeste. Para nós, o importante é preservar a integridade dos torcedores. Por isso, o PV está aberto a todos os órgãos de fiscalização”, ressaltou.

Fonte: Diário do Nordeste