Empaer realiza visita técnica na unidade do trigo em Primavera do Leste

5 de outubro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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Para apresentar o potencial de exploração do trigo irrigado, cultivado em propriedades acima de 600 metros de altitude foi realizado no final de setembro (28.09), uma visita técnica na Unidade Demonstrativa (UD), na Fazenda Horizonte, em Primavera do Leste (231 km ao Sul de Cuiabá), de propriedade do produtor rural Moacir Tomazetti. O evento mostrou aos mais de 160 participantes seis diferentes variedades de trigo que atingiram uma produtividade acima de 70 sacos por hecatare, com tecnologia adaptada para o Estado de Mato Grosso.

O extensionista da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) Hortêncio Paro apresentou o comportamento das variedades – BRS 264, BRS 254, IAC 350, BR 18, Aliança e Brilhante que estão sendo testadas e recomendadas pelas diretrizes técnicas do trigo. O resultado durante as avaliações foi positivo e o produtor poderá atingir uma taxa de retorno de 40%. “O cultivo do trigo é mais uma opção para o produtor durante o período do vazio sanitário da soja (90 dias)”.

Segundo Paro, o país importa mais de 70% do que consome, aproximadamente 11 milhões de toneladas. Somente Mato Grosso consome 10 mil toneladas de farinha de trigo por ano. A área plantada no Estado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), chega a 494 hectares com uma produção de 970 toneladas por ano. Ele informa que o cultivo do trigo evita doenças como a esclerotínea que atinge a soja e também é conhecida como mofo branco que normalmente aparece com a rotação das culturas de feijão e soja. O trigo surge para quebrar essas doenças nas áreas de irrigação.

Desde 1979, a Empaer vem pesquisando e implantando unidades para verificar o desenvolvimento do trigo no Estado. As primeiras unidades foram implantadas nos municípios de Chapada dos Guimarães e Alto Taquari. “Acredito que a cultura do trigo é mais uma alternativa de manejo de solo, reduz o uso de insumos na cultura principal (soja), com ganhos ambientais para a propriedade”, esclarece Paro.

Fonte:Secom/MT