Empaer incentiva o cultivo de banana no assentamento Dorcelina Forlador

Os agricultores familiares do Projeto de Assentamento Dorcelina Forlador, município de Várzea Grande (25 km ao Norte de Cuiabá), participaram de uma palestra técnica sobre a cultura da banana com demonstração de resultados. O pesquisador da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Gustavo Alves Pereira falou sobre as variedades mais plantadas no Estado, produção de mudas, adubação, deficiência de nutrientes e mostrou no campo como fazer iscas para controle da broca da bananeira.

A palestra foi realizada no sítio São José do produtor rural, José Gomes Evangelista que plantou em parceria com 10 produtores mais de 250 mudas entre banana nanica e banana da terra (farta velhaco). “Esse primeiro ano estamos entendendo sobre o cultivo da banana e queremos diversificar para criar alternativas de renda para nossa comunidade”, confessa Evangelista. Ele acredita que é necessário fazer alguns acertos no bananal para começar a dar retorno financeiro.

A produtora rural, Maria Edna de Souza comenta que o plantio comunitário está dando certo, segundo ela, no assentamento os produtores cultivam flores tropicais e banana em parceria. A base da economia da comunidade é a produção de leite. “O cultivo da banana pode ser viável, tenho fé e acredito que novas alternativas de produção poderão dar lucro para os parceiros”, afirma Edna.

Os extensionistas da Empaer, Antônio Rômulo Fava e Aécio Antunes estão prestando assistência técnica na comunidade desde 2005, através do Projeto de Assessoria Técnica Social e Ambiental a Reforma Agrária (Ates),atendendo 33 famílias, numa área de 1.089 hectares. “Esse é o primeiro plantio de banana e está servindo como laboratório, pois o bananal, já apresentou algumas deficiências de nutrientes e doenças como a broca da bananeira”, relata Antônio Fava.

O presidente da Associação dos Pequenos Produtores da Comunidade Dorcelina Forlador, Wilmar Alves Ferreira conta que estão na área desde 2000, procurando alguma atividade que promova a melhoria da qualidade de vida dos assentados. Além da banana, flores tropicais, a comunidade está implantando uma indústria para produção de aproximadamente 5 mil unidades de rapadura de leite, utilizando a castanha e a polpa do cumbaru para ser comercializado nas escolas da rede estadual e municipal.

Participaram da palestra o coordenador do escritório regional, Márcio Gaio, supervisor do escritório metropolitano, Vico Capistrano, produtores, mulheres rurais, técnicos e extensionistas da Empaer.

Fonte:24Horas News