Em nove anos de privatização, investimentos cresceram 417%

A Centrais Elétricas Mato-grossenses, Cemat, fecha os primeiros dez anos de privatização com investimentos acumulados em mais de R$ 1 bilhão no Estado. As cifras serão o somatório dos R$ 974,56 milhões aplicados de 1998 a 2006 e dos R$ 300 milhões anunciados para o exercício 2007.

No primeiro ano de investimentos (1998), a concessionária aplicou R$ 50,99 milhões e no ano passado foram destinados R$ 264,13 milhões, uma evolução de 417%. Para este ano, o plano de investimentos prevê desembolso de cerca de R$ 300 milhões, volume que, segundo adianta o vice-presidente de Operações, Arlindo Napolitano, “certamente será ampliado no decorrer de 2007”. “Nestes nove anos, cerca de R$ 500 milhões foram aplicados no sistema de distribuição e outros R$ 400 milhões foram para expansão rural”, completa.

Ampliando ou não, o volume anunciado ontem pela concessionária já é 13,57% superior às aplicações realizadas em 2006. No ano passado os investimentos da Cemat cresceram 21% em relação ao R$ 217,62 milhões orçados para 2005. O crescimento, como revela Napolitano, é uma resposta da Cemat à reação econômica mato-grossense. “O orçamento inicial para este ano previa investimentos na ordem de R$ 197 milhões, isso lá em setembro do ano passado. Com as sinalizações positivas do mercado, principalmente ao agronegócio, revimos metas e disponibilizamos mais de R$ 100 milhões para o exercício 2007. Se as projeções se mantiverem, teremos de fazer nova alteração {para mais} no orçamento”. A expansão de atendimento e potência está sendo concentrada no médio norte e norte mato-grossenses e na região do Araguaia.

Com relação à receita, Napolitano não revela cifras. Conta apenas que dentro das análises de mercado feitas até outubro de 2006 a expectativa era de um crescimento de mercado de 3,5%. “Mas, agora sabemos que esse valor será ampliado, em relação ao obtido em 2006”. O retorno de boa parte dos investimentos feitos de 2003 até agora deverá acontecer na empresa no próximo ano, quando haverá a revisão tarifária, que para os mato-grossenses ocorre de cinco em cinco anos.

A Cemat, que ampliou em 117% a potência instalada e número de consumidores em 66% – hoje são 827,76 mil -, ainda contabiliza perdas 16,24% do total gerado. São cerca de R$ 30 milhões/anos, que deixam de ser contabilizados pelo departamento comercial por conta de fraudes, ou 6,26% do volume perdido.

Fonte:Diário de Cuiabá