Cuiabá pode ganhar obras e visibilidade com Copa 2014

26 de novembro de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

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Um novo “Verdão” totalmente reformado dentro das exigências da FIFA, com arquitetura e conforto comparados aos melhores estádios do mundo; construção de dois centros de treinamento (na região do Lago do Manso e em Chapada dos Guimarães); cinco novas avenidas implantadas, duplicadas ou prolongadas para facilitar o acesso ao estádio; maciços investimentos privados nos setores hoteleiro e de saúde para aumentar a capacidade de atendimento; e a conclusão do terminal internacional de passageiros do Aeroporto Marechal Rondon.

Estas são algumas das heranças que Cuiabá e Várzea Grande poderão receber, caso a Capital seja escolhida pela entidade máxima do futebol mundial como uma das subsedes para a Copa do Mundo de 2014. “A cidade ganhará não apenas em infra-estrutura como em visibilidade internacional, a exemplo de outras cidades que sediaram grandes eventos. Será um grande reforço para o nosso turismo receptivo”, concorda o secretário de Desenvolvimento do Turismo de Mato Grosso, Pedro Nadaf, também presidente do Comitê Pró-Copa 2014, formado por representantes sociais e governamentais.

Ele explica que, embora sejam investimentos considerados altos – em torno de R$ 1 bilhão -, eles serão bancados pela iniciativa privada, pelo Governo Federal e pela própria FIFA. “Ou seja, só acontecerão caso Cuiabá seja efetivamente escolhida como subsede para a Copa de 2014”, explica Nadaf, acrescentando que os recursos a serem investidos pelo Estado são poucos e já estavam programados.

NOVAS ARTÉRIAS – Entre as cinco novas vias previstas para desafogar o acesso ao Verdão e o trânsito da região metropolitana (Cuiabá e Várzea Grande), uma já está em fase de execução – a Avenida das Torres, com 12,5 quilômetros de extensão no sentido Sul-Norte, interligando 14 bairros da Capital – do Pedra 90 ao Bela Vista, nos fundos do Shopping Pantanal. Paralela às avenidas Fernando Correa da Costa e Arquimedes Pereira Lima (Estrada do Moinho) será uma alternativa de tráfego a ambas.

Em fase de projeto para implantação, e aguardando a decisão da FIFA, estão a duplicação da avenida e canalização do córrego 8 de Abril, eleita a principal ligação entre o Verdão e o Centro Histórico de Cuiabá; implantação da Avenida Projetada, ligando o Aeroporto ao Verdão; aumento das pistas da Avenida Miguel Sutil (Perimetral) e prolongamento da Avenida Dr. Paraná, em Várzea Grande, ligando o Aeroporto ao Centro de Cuiabá e ao Coxipó, pela ponte Sérgio Motta.

“São obras que ficarão para sempre e que beneficiarão toda a região metropolitana de Cuiabá. Mas só acontecerão se conseguirmos trazer a Copa para Mato Grosso. Por isso, creio ser importante o envolvimento de toda a sociedade, que os mato-grossenses queiram a realização da Copa aqui no Estado. Essa força é fundamental”, enfatiza Pedro Nadaf.

LISBOA COMO EXEMPLO – Cuiabá, que será sede em 2008 da Copa América Vôlei, reunindo seis países no Ginásio Aecim Tocantins, pode ganhar maior visibilidade internacional, caso seja escolhida como subsede da Copa de 2014, despertando o interesse dos torcedores para conhecer suas belezas, do Pantanal e do Estado.

Para Pedro Nadaf, um exemplo que pode ser tomado por Cuiabá é o de Lisboa, em Portugal, sede da Exposição Mundial de 1998, a Expo’98. “Este evento foi um divisor de águas para a cidade, que antes era praticamente apagada. Após a Expo’98, entrou efetivamente no circuito turístico mundial. Cuiabá como subsede poderá ter caminho parecido”, diz.

Lisboa, que recebeu quase nove milhões de visitantes durante o ano de 1998, recebeu como herança da Exposição Mundial não apenas obras como a reurbanização do local onde foi realizada, o prolongamento do metrô e a nova ponte sobre o rio Tejo como o aumento do número de turistas que passaram a visitá-la.

Segundo dados de 2006 da ICCA (International Congress & Convention Association), Lisboa está entre as dez cidades mais procuradas do mundo, ao lado de Viena, Paris, Singapura, Barcelona, Berlim, Budapeste, Seul, Praga e Copenhague, para a realização de congressos internacionais. Já ultrapassou cidades como Amsterdã e Madri.

Fonte:Diário de Cuiabá