Crea-MT e entidade de classe debatem a continuidade ou não das obras do VLT

13 de agosto de 2019, às 11h25 - Tempo de leitura aproximado: 4 minutos

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“ É importante dizer que a estrutura básica do Crea-MT é formada por 42 conselheiros, profissionais oriundos das instituições de ensino e das entidades de classe, que elegem seus representantes e encaminham para o Conselho. A decisão não é do presidente, mas do conselho. Com relação ao modal tive muito cuidado ao estudar. Não posso falar por mim mesmo, estando na cadeira de presidente tenho que me posicionar pela instituição”, disse o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT), João Pedro Valente, durante audiência sobre a continuidade ou não das obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), segunda-feira, 12 de agosto no plenário do Crea-MT.

O presidente do Regional Mato-grossense explicou ainda que nos últimos dias reuniu com presidentes de entidades de classe que compõem o conselho para discutir sobre a retomada ou não das obras do VLT, por meio de rodadas de conversas, inclusive trazendo especialistas na área.

Realizado pelo Crea Mato Grosso e o Instituto de Engenharia de Mato Grosso (IEMT), o objetivo do encontro foi de possibilitar um amplo debate sobre a situação das obras que se encontram paralisadas desde 2014, sobretudo em função dos altos investimentos já realizados. Cálculos apontam para valores acima de R$ 1 bilhão.

“ Toda obra parada traz maiores prejuízos à população. Se o órgão público responsável fazer uma manutenção gastará recuso, se não fizer será pior, já que na retomada da obra o gasto será maior, ou seja ,é desperdício de recurso sempre”, disse o senador Wellington Fagundes.

O senador destacou que o país tem aproximadamente 7 mil obras inacabadas. E a Frente Parlamentar de Logística, Transporte e Armazenagem do Senado, na qual é vice-presidente, em parceria com a Confederação Nacional de Transporte, busca discutir esse setor. Mato Grosso está sendo transformado em um grande produtor de etanol, Rondonópolis tem uma grande distribuidora, atualmente está viabilizando, porque tem que trazer o óleo diesel e a gasolina e o etanol.

Ao fazer parte da mesa redonda de discussões, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro disse que é cogente expor todos esses estudos que ninguém ainda sabe a realidade dos fatos, qual a projeção da tarifa a ser essa a tarifa realmente tenha que ser subsidiada. Esse sistema, em tese, é intermunicipal e hoje tem um subsídio muito baixo, praticamente a gratuidade no intermunicipal inexiste, a não ser no caso dos idosos. Então, seria mantida a tarifa cheia, sem subsídios, que dá mais sustentabilidade para o sistema.

“ É necessário unir toda a classe política independente de partido: Prefeitura de Cuiabá, de Várzea Grande, o Governo do Estado, as bancadas federal, estadual e municipal de Cuiabá e Várzea Grande, para que todos se unam e conheçam os números de forma transparente, além de chamar a sociedade civil organizada para juntos darem um destino ao VLT”, destacou Emanuel.

Na oportunidade o ex-gerente de Contrato do Consórcio VT, Fernando Orsini explanou sobre o estudo de planejamento da rede de transporte coletivo, modelo de integração, operacional e custos para a operação do Sistema VLT em Cuiabá e Várzea Grande. Mostrando o total de embarques, custos, tempo de deslocamento, consumo de combustíveis fosseis e emissão de gases poluentes e a capacidade do transporte.

Já o presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER), Vicente Abate apresentou sobre atribuição da entidade, que tem o objetivo de fomentar o crescimento da indústria ferroviária instalada no Brasil e incentivar a expansão do transporte ferroviário de carga e de passageiros. Mostrando vários modelos de transportes terrestres de outros estados e suas demandas sociais e econômicas. Mobilidade urbana sobre trilhos, indutora de crescimento e geradora de empregos, renda e arrecadação. Suas características principais e vantagens.

Versatilidade, ocupação do solo, menor tempo, por a porta, conforto, melhor rendimento energético, embelezamento do entorno e da cidade, atratividade, acessibilidade, estações de baixíssimo custo e segurança. Regularidade, confiabilidade, custo mais baixo, considerando o ciclo de vida.

Além do presidente do Crea-MT , João Pedro Valente , o Wellington Fagundes, prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, o ex-gerente de Controle Consórcio VLT, Fernando Orsini e o o presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), também participaram da audiência, o deputado federal, Emanuel Pinheiro Neto, os deputados estaduais, Wilson Santos e Carlos Avallone, o presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Misael Galvão, os vereadores, Luís Cláudio, Adevair Cabral, o ex-governador, Júlio Campos, o coordenador do Movimento Pró VLT Vicente Vuolo Filho e engenheiros da UFMT, representantes da Associação Brasileira de Engenheiros Civis em Mato Grosso(Abenc-MT) e demais profissionais da área.

Texto: Cristina Cavaleiro e Fotos: Igor Bastos/Equipe de Comunicação do Crea-MT