Contratos na Bolsa já são 35% maiores

26 de junho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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Os contratos agropecuários na Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F) cresceram até agora 35% em relação ao mesmo período do ano passado. A expectativa é que feche o ano com aumento de 40%, segundo o diretor da BM&F, Ivan Wedekin. Ele foi o palestrante que abriu o seminário na Famato ontem e comentou sobre as vantagens de se negociar na bolsa. Conforme Wedekin, ainda é pequena no Brasil a utilização desse mecanismo, apesar de ser um instrumento importante para os produtores reduzirem seus riscos de preço. “O ideal seria que as negociações representassem de quatro a cinco vezes a produção do país”. O café, que é o produto com maior cobertura de risco, tem contratos equivalentes a 160% da produção total. Na carne, as negociações chegam a 80% do que é exportado. Sobre a produção é apenas 20%.

Nas negociações com soja, de acordo com Wedekin, apesar de significarem apenas 6% da produção, o mercado já cresceu 150% este ano. Ele frisa que a comercialização via bolsa de valores vai crescer muito nos próximos anos. “Nenhum grande produtor dos Estados Unidos vende fora da bolsa. O contrato é a profissionalização da agricultura, a tendência para os próximos anos”.

O diretor da BM&F, defendendo uma maior negociação via bolsa, aponta que o agronegócio tem muitos riscos e que os preços dos produtos agrícolas oscilam mais do que os industrializados. Entre os motivos para isso estariam o descasamento entre oferta e demanda, a sazonalidade da produção, a taxa de câmbio e o movimento de capitais. Comercializar o produto na bolsa ajudaria a minimizar esses riscos para os produtores.(VC)

Fonte:Gazeta Digital