Consumo no ano é 11,5% maior em Mato Grosso

22 de junho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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O Estado de Mato Grosso terminou o mês de maio com aumento de 18,7% no consumo de energia em relação ao mesmo mês do ano passado. De janeiro a maio, o incremento foi de 11,5%. Mas esse não deve ser ainda o maior crescimento do ano. O pico de consumo, conforme o vice-presidente de Operação da Cemat, Arlindo Napolitano, historicamente acontece entre agosto e outubro. São os meses mais quentes em que é maior a necessidade de climatização de ambientes e aumenta a demanda por irrigação de culturas. Ele destaca, porém, que nesses primeiros cinco meses de 2007, com exceção de fevereiro, a temperatura esteve mais alta que no mesmo período de 2006.

A classe industrial registrou um aumento de 40% no consumo em maio. Foi o setor que mais teve aumento. Napolitano, considera a alta demanda atípica, mas avalia que a indústria vem tendo um crescimento acelerado e no ano que vem deve ultrapassar a classe residencial em percentual de consumo. Hoje a residencial representa 30% do total da energia consumida e a indústria, 27,6%. “Significa que estamos deixando de ser apenas produtores de matéria-prima. É o projeto da agregação de valor, da agroindustrialização, sendo implantado”.

O crescimento de 40% no consumo de energia pela indústria, segundo Napolitano, também se deve ao fato de nessa mesma época, em 2006, a classe industrial ter sido afetada em parte pela paralisação no setor agrícola, com o Grito do Ipiranga. Mas além disso, ele aponta que a indústria continua crescendo de forma acelerada. O vice-presidente lembra que em Estados industrializados, o consumo de energia do setor ultrapassa 50% do total. “É um bom sinal para Mato Grosso”.

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiemt), José Antônio de Mesquita, aponta que maio é realmente época de alguns setores da indústria gastarem mais energia. Ele compara também que no ano passado havia muitas madeireiras paradas, situação que agora está voltando ao normal. As esmagadoras de soja também estão trabalhando a todo vapor. Assim como a metalurgia e a alimentação. “O setor da construção civil também está trabalhando muito e ele movimenta outros segmentos da cadeia produtiva”. Na indústria, o ramo que mais registrou aumento no consumo de energia em maio foi o de material têxtil, 238,2%. Depois aparece o de extração de minerais, com 169,4%.

A classe que teve o segundo maior aumento no consumo de energia no Estado foi o Poder Público, com índice de 16,8%. Os setores residencial e comercial tiveram praticamente o mesmo crescimento. O primeiro fechou maio em 13,8% e o segundo em 13%. A classe rural teve incremento de apenas 6%.

Fonte: Gazeta Digital