Conselheiros conhecem a base da programação da WEC 2008

26 de julho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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Conselheiros conhecem a base da programação da WEC 2008

Brasília, 26 de julho de 2007

No primeiro dia da sessão plenária nº 1343 do Confea, realizada nesta quarta-feira, 25 de julho, na sede da autarquia em Brasília, os conselheiros federais conheceram as bases da programação do Congresso Mundial de Engenheiros (WEC, de World Engeneers’ Convention) que acontecerá na capital brasileira entre 2 a 6 de dezembro de 2008.

Na palestra feita exclusivamente para a sessão plenária, que foi presidida pelo presidente do Confea, Marcos Túlio de Melo, o vice-reitor da PUC do Rio de janeiro, Luiz Carlos Scavarda do Carmo, coordenador do Comitê de Programa da WEC 2008, foi representado por Jorge Pedro Dalledone de Barros, também professor da PUC e assessor do Conselho. Scarvada enfrentou problemas com o seu vôo para chegar à capital.

O professor Dalledone explicou que as bases da programação da WEC estão contempladas nos novos paradigmas da engenharia para o desenvolvimento sustentável. São eles: os recursos naturais são limitados, a engenharia necessita estar comprometida com uma responsabilidade social sem restrições, o profissional de engenharia moderno precisa transcender fronteiras e inovação significa produzir sem degradar.

São seis axiomas que superam outros que estão na origem dos problemas mundiais como a degradação ambiental, energia poluentes, desenvolvimentno não sustentável e industrialização predatória. “Foram basicamente dois princípios: os recursos naturais eram inesgotáveis e qualquer que fosse o problema a engenharia iria resolver”, afirmou Dalledone.

“Existe um terceiro fator que ainda não é emergente, nem um grande complicador, mas que será no futuro equivalente aos outros. É o problema da informação. Hoje, preocupa-se muito mais com a conectividade da informação do que com a capacidade das pessoas interpretarem a informação”, complementou.

Segundo o professor, a escolha dos eixos que estão nos novos paradigmas levou a reflexão sobre a necessidade de fazer uma “engenharia bem feita”. O objetivo é gerar riqueza, agregar valor ao conhecimento, distribuir riqueza, preservar o meio ambiente e com isso garantir a sustentabilidade. “Então as referências de uma engenharia moderna seria inovar e responsabilidade social”, disse.

Por fim, Dalledone apresentou a estrutura conceitual da grade temática. Serão debatidos no Congresso os temas referendados pela ONU em Johannesburg em 2002 (água, energia, terra, agricultura e biodiversidade), engenharia sem fronteiras, ética e responsabilidade social, inovação sem degradação, tecnologia da informação sem exclusão e tecnologias avançadas.
O professor chegou a ser questionado pelo conselheiro Ricardo Veiga, de São Paulo, que é o representante das escolas de agronomia, sobre onde estava contemplado o papel do engenheiro agrônomo e florestal, por exemplo. Dalledone respondeu que de fato não estava explicito na palestra essa questão, mas defendeu que na distribuição dos temas “os profissionais estariam presentes na medida em que eles vão ser os responsáveis pela produção”.

Já o conselheiro Cláudio Forte Maiolino, do Paraná, disse que ficou muito satisfeito em ver o vetor humanista na discussão da engenharia, o que “normalmente é muito difícil dada a visão muito técnica do engenheiro”.

Fonte:Confea