Conselheiro do Crea-MT destaca 50 anos da UFMT e a criação dos cursos de Engenharia da instituição de ensino

15 de dezembro de 2020, às 13h06 - Tempo de leitura aproximado: 4 minutos

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A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), completou 50 anos de existência. Décadas que marcaram história com a criação de vários cursos, inclusive das Engenharias, e os trabalhos prestados pelos reitores, coordenadores e docentes que passaram pela instituição, contribuindo com a formação de milhares de profissionais de diversas áreas, que estão no campo de atuação.  Para destacar a história da UFMT, o Crea Mato Grosso, conversou com o Conselheiro do Regional Mato-grossense, Eng. civil, João de Deus Guerreiro Santos, professor Titular do Departamento de Engenharia Civil da UFMT, na ativa, e representante da Faculdade de Engenharia no Crea-MT.

O conselheiro conta que a Universidade foi inaugurada oficialmente em 10 de dezembro de 1970, em solenidade presidida pelo então Ministro da Educação Jarbas Passarinho e Gabriel Novis Neves, seu primeiro Reitor.  Antes da inauguração, entretanto, o Governador de Mato Grosso Pedro Pedrossian e o Secretário de Educação Gabriel Novis Neves, não esperam o Governo Federal:  definem o Campus Cuiabá  e iniciam as primeiras construções   dos blocos   A,B e C de salas de aula e o conjunto do parque aquático, posteriormente doados a União. E na esfera política, em Brasília, fundamental para a criação da Universidade a destacada   atuação do então deputado Federal José Garcia Neto.

“ A UFMT nasceu da fusão do Instituto de Ciências e Letras de Cuiabá (ICLC), com a Faculdade Federal de Direito de Cuiabá.  O ICLC era composto por oito cursos   entre os quais, Engenharia Civil, criada em 1968.  O Instituto era conduzido com muita dedicação por três valorosos professores: Atílio Ourives, Pedro Dorileo e Leonardo Slhessarenko. Na época, a Faculdade de Direito tinha como diretor o professor Acedino Pedroso.  Em março de 1971 inicia-se as atividades acadêmicas da UFMT, onde eu estava presente   como acadêmico, do segundo ano de Engenharia Civil, uma vez que já havia cursado o primeiro no ICLC”, destacou o engenheiro civil.

O conselheiro do Crea-MT afirma    que ingressou na UFMT como professor    em setembro de 1977 , através de concurso público, com trabalho contínuo   até o presente, afastando-se  das atividades docentes no período de  1991/ 95 para realizar Doutorado na COPPE/UFRJ no Rio de Janeiro.

“Em 1971 havia apenas o curso de Engenharia Civil na UFMT.  Já em 1976 são criados vários cursos do Sistema, como: Engenharia Elétrica, Agronomia, Engenharia Florestal, Geologia e posteriormente Engenharia Sanitária e Ambiental. Em 2010 é criado o curso de Engenharia Civil do Campus de Barra do Garças.  No ano 2013 são criados cinco novos cursos de Engenharia do futuro Campos de Várzea Grande, por enquanto com as atividades sendo realizadas no Campus de Cuiabá: Transportes,  Química, Minas, Controle e Automação, Computação.    Um estimulo aos interessados em ingressar nos cursos de bacharelado. Tanto que a ampliação dos cursos de Engenharia da Universidade ao longo dos anos resultou na formação de mais de 10 mil profissionais do Sistema/Confea/Crea e Mútua”, disse João de Deus.

A Universidade que hoje possui grandes edificações e diversos espaços de interação social – em Cuiabá, em Barra do Garças, no Pontal do Araguaia, em Sinop e, em breve, em Várzea Grande – teve um começo bastante singelo, mas, nem por isso, pouco significativo.

A história da Universidade Federal de Mato Grosso é muito mais que um acaso ou uma consequência. É a saga de lutas que uniram classes sociais e socioculturais e que se entrelaça à história de Mato Grosso, culminando em 10 de dezembro de 1970, com a vitória de um sonho. Os cuiabanos foram para as ruas e brigaram, primeiro, para conquistar a Instituição de Ensino Superior, que, com muito orgulho, leva o nome de Mato Grosso e hoje é a mais abrangente do estado, atuando no ensino presencial e na educação a distância.

A escolha em desenvolver pesquisas junto à realidade Amazônica rendeu o apelido de Universidade da Selva, ou Uniselva, e marcou o compromisso da Instituição com a regionalização. A filosofia era valorizar a sabedoria popular que no final das contas foi o que tornou a Universidade o que é hoje. Com a oferta de ensino superior no estado, os jovens poderiam fazer seus estudos sem a necessidade de ir até São Paulo.

Além do mais, muitos dos que iam não voltavam, acabavam ficando por lá, apanhados pela promessa de ofertas de empregos e maiores oportunidades. Com a criação da UFMT, a intenção era formar esses profissionais para atender as necessidades da região preservando sua cultura, desenvolver o estado por meio da educação regionalizada.

A Universidade Federal de Mato Grosso, seguirá mesmo considerando as dificuldades do momento, a cumprir a sua determinada missão de alavancar o desenvolvimento do Estado Mato Grosso com recursos humanos de qualidade.

 

Cristina Cavaleiro/Gerência de Relações Públicas, Marketing e Parlamentar(GEMAR)