Concorrência exige versatilidade

3 de agosto de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos

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A profissão que cada pessoa exerce pode ter um ângulo um pouco diferente dependendo da região em que se atua. O arquiteto Luiz de Arruda nos fala um pouco sobre o assunto. Ele morava em Cuiabá, mas se formou na faculdade de arquitetura no Rio de Janeiro e está lá há 17 anos. “Quando eu terminei o segundo grau ainda não existia este curso em Cuiabá, por isso resolvi ir para fora. O Rio foi uma boa opção porque tenho família lá”, conta ele, que esteve aqui na capital visitando os pais.

A tendência da nossa região neste ramo, como relatam diversos profissionais, é a segmentação. Ou seja, o arquiteto se especializa em uma determinada área, como designer de interiores, projetos, construções, etc. Mas nas grandes capitais não é bem assim. Luiz possui um escritório de arquitetura que faz simplesmente de tudo, desde reformas e construções até decoração de interiores de qualquer ambiente.

“Nós precisamos saber fazer tudo mesmo. O mercado é muito voraz. É praticamente impossível se manter somente em uma área”, afirma. “Quem tem competência acaba se estabelecendo. Mas sinceramente, não há muita lealdade neste trabalho. Tudo no Rio gira em torno do preço que se cobra e não há uma tabela específica”, diz.

“Algo que está muito em alta lá é a reforma do ambiente. Vários jovens arquitetos trabalham com isso. É como se fosse uma decoração construída. Temos que entender de encanamento, elétrica, hidráulica, iluminotécnica e assim por diante. E sempre acompanhamos o cliente na hora das compras”, revela.

Nos últimos dois anos Luiz foi convidado para fazer as obras de cinco da oito lojas da Portobello, uma das maiores redes de materiais para arquitetos e designers do Rio de Janeiro. E também há dois anos participou da famosa mostra carioca Mastercasa, onde montou um espaço chamado Cozinha do Homem. “Foi um dos mais fotografados da mostra”, afirma.

A Cozinha do Homem fez tanto sucesso que foi usada como cenário da Rede Globo na série Quem vai ficar com Mário?, exibida entre 2004 e 2005. “Foi um acontecimento que me abriu muitas portas. Inclusive, já trabalhei para diversos artistas da Globo depois disso”, lembra. “É assim que a gente divulga o nosso trabalho, com eventos, ousadia e no boca a boca”, conclui. Luiz também faz trabalhos em Cuiabá, como uma casa no Condomínio Florais que fez recentemente, e agora está atuando na obra de um apartamento. Costuma utilizar detalhes de Mato Grosso em vários projetos.

Fonte:Gazeta Digital