Compras de terra estão paradas neste momento, afirma Aprosoja

7 de janeiro de 2008, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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O presidente da Aprosoja, Glauber Silveira, confirma que praticamente não existem negócios de compra de terras em Mato Grosso. “Os produtores que têm mais capital, acabam arrendando as terras daqueles que estão com dificuldades para sobreviver no setor. Isso vem causando uma maior concentração de terras nas mãos de poucos”.

Ele também diz não ter conhecimento de procura por terras em Mato Grosso. Para Silveira, além da descapitalização do produtor local, a baixa ou quase nenhuma procura por terras em Mato Grosso tem explicação nos preços dos imóveis, que tiveram uma supervalorização nos últimos anos.

Outro fator que, segundo o presidente da Aprosoja está afugentando muita gente é que em Mato Grosso muitos produtores recebem a pecha de infratores das leis ambientais. “É uma coisa ruim e um equívoco. Mato Grosso está dentro da lei. Os produtores estão dentro da lei. Só desmatamos o que é permitido”.

Ele aponta também que o Estado tem hoje aproximadamente 6 milhões de hectares de agricultura e que essa área poderia praticamente dobrar dentro da legalidade. De qualquer forma, Silveira destaca não ser intenção do produtor abrir mais áreas agora.

ENTRAVE – O presidente do Sindicato Rural de Cáceres – 250 quilômetros ao oeste de Cuiabá -, João Oliveira Gouveia Neto, também aponta a questão ambiental como um entrave para o setor. Mas, se apressa em dizer que o produtor está mais consciente e trabalhando dentro do que permite a legislação ambiental. Ele também confirma que não está havendo procura por terras em Mato Grosso.

Em Mato Grosso, Neto conta, que quanto mais formada a área, mais valorizada ela se torna. Quanto menos formada, necessitando de desmatamento, menor é a valorização. (MM)

Fonte:Diário de Cuiabá