Comércio de Mato Grosso tem R$ 126 mi a receber

24 de julho de 2007, às 0h00 - Tempo de leitura aproximado: 1 minuto

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Empresários do comércio varejista de Mato Grosso têm para receber dos consumidores inadimplentes cerca de R$ 126 milhões, que corresponde a 303,441 mil anotações de inadimplência.

O valor é referente às dívidas contraídas e não quitadas nos últimos cinco anos e decorrentes de financiamentos e cheques sem fundos emitidos na praça. Os dados fazem parte de um acompanhamento mensal feito pelo sistema de consulta da Federação das Associações Comerciais e Empresariais (Facmat) e aponta que a dívida das pessoas físicas é a mais expressiva, sendo responsável por 87,47% do total acumulado.

Na análise do superintendente da Facmat, Manuel Gomes, o valor da dívida é expressivo e decorrente da crise no agronegócio que assolou o Estado nos últimos dois anos, o que fez com que as compras efetuadas pelos consumidores naquele período não pudessem ser pagas no tempo previsto, o que acarretou nas restrições.

Ele afirma que os empresários do comércio têm feito muito esforço, e que eles têm tido contato com seus clientes em débito para renegociar a pendência. Gomes considera que a tendência para os próximos meses é que as pessoas comecem a liquidar as dívidas.

“Mato Grosso está passando por uma nova fase econômica depois de dois anos de recessão. A perspectiva é que no segundo semestre os consumidores inadimplentes passem a procurar as lojas para acertar as contas, reduzindo o valor que o comércio tem para receber”, diz.

O superintendente considerar que um fator positivo para isso é o pagamento da primeira parcela do 13º salário do funcionalismo público, pago este mês.

As dívidas contraídas por pessoas físicas, de acordo com o banco de dados da entidade, totaliza 297,498 mil anotações, que corresponde à cifra de R$ 110,165 milhões. A inadimplência das pessoas jurídicas contabiliza R$ 15,774 milhões equivalente a 5,943 mil restrições no comércio varejista para as compras efetuadas a prazo.

“O que esperamos é que gradativamente os consumidores inadimplentes quitem as suas dívidas, já que temos uma perspectiva de melhora na economia no próximo semestre, com indústrias se instalando e a também com a retomada na aquisição de máquinas e implementos agrícolas por parte dos empresários do agronegócio”.

Fonte: Gazeta Digital.